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terça-feira, 4 de outubro de 2011





Governo vai propor alterações em lei para atender Fifa 

REUTERS/Nacho Doce

Anúncio foi feito em Bruxelas pelo ministro do Esporte, Orlando Silva


 Governo vai propor ao Congresso Nacional alterações na Lei Geral da Copa para atender aos interesses da Fifa. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, em Bruxelas, pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, minutos após uma reunião entre o secretário-geral da associação, Jérôme Valcke, e a presidente Dilma Rousseff para tratar do choque das exigências com as leis federais e estaduais no País.

Em sua coletiva, Orlando Silva incorporou o discurso de Valcke e afirmou que a Copa do Mundo é um evento único e que adaptações podem ser feitas na redação da lei para que o texto seja "aperfeiçoado de modo que fique nítido que todas as garantias que o Brasil firmou com a Fifa serão cumpridas".

Uma nova reunião para debater o tema será realizada no Brasil na próxima semana para aparar as últimas arestas. "O nosso objetivo no encontro da próxima semana é oferecer eventualmente ao congresso algumas sugestões adicionais para que a redação da lei deixe o mais claro possível os compromissos do Brasil com as garantias que anteriormente foram oferecidos", explicou o ministro.

Orlando Silva disse que o Brasil tem alto compromisso com o combate à pirataria e se comprometeu a intensificar as medidas de repressão em relação à Copa do Mundo. "Evidentemente que a Copa do Mundo é um grande evento, que tem um potencial de marketing muito forte e merecera uma atenção especial do governo o combate à pirataria no Mundial de 2014. Não há qualquer dúvida na Fifa em relação ao nosso compromisso", reafirmou.

Outros dois pontos ainda parecem mais controversos: a meia-entrada permitida aos estudantes e idosos. O primeiro tema é regulado por leis estaduais. Segundo Orlando Silva, o governo poderá intermediar o diálogo entre a Fifa e os governos para viabilizar um acordo. Já sobre o Estatuto do Idoso as dúvidas persistem. O ministro reafirmou que nenhuma lei será suspensa, mas disse lembrou mais uma vez que a Copa do Mundo "é um evento especial". "Nós vamos estudar o que na lei do Brasil se aplica a esses eventos da Fifa. É um evento que tem características próprias", reiterou.

Já Valcke argumentou que o que a Fifa está pedindo ao Brasil não foi nem mais, nem menos do que o solicitado da África do Sul em 2010 e o que será pedido à Rússia em 2018. "O que estamos pedindo ao Brasil é normal. É o que pedimos à África do Sul e não é menos do que pediremos à Rússia", alegou. "Nós sempre reconhecemos leis nacionais e regulamentos e vamos trabalhar para assegurar que as leis continuam lá, mas devemos reconhecer que a Copa do Mundo é um evento único."

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