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domingo, 2 de outubro de 2011


ONTUSÃO

Joelho, o grande vilão dos jogadores de futebol

Apesar do avanço da medicina esportiva, o próprio joelho continua sendo um dos maiores vilões do jogador de futebol

Zagueiro César, do Sport, vai passar pela segunda cirurgia no mesmo joelho / Foto: Guga Matos/JC Imagem

Zagueiro César, do Sport, vai passar pela segunda cirurgia no mesmo joelho

Foto: Guga Matos/JC Imagem

Apesar do avanço da medicina esportiva, o próprio joelho continua sendo um dos maiores vilões do jogador de futebol. Nos clubes pernambucanos, o zagueiro César, do Sport, foi a última vítima. O atleta terá que passar por uma nova cirurgia para reconstituição do ligamento cruzado anterior do joelho direito, o mesmo que havia sido rompido no ano passado. Como César, outros atletas tiveram esse dissabor de ter que repetir um processo cirúrgico no joelho, como o atacante Jadílson, ex-Sport, Santa Cruz e Acadêmica Vitória.

A lista de atletas que sofreram problemas ligamentar nesta região do corpo é extensa. Na década de 80, o ex-goleiro do Náutico Mauri e os rubro-negros Aílton e Roberto Coração de Leão. Mais recentemente o atacante Joélson (ex-Sport e Santa Cruz e agora no Náutico) e o goleiro Saulo, reserva de Magrão no Sport.

Se abrirmos o leque, craques como Reinaldo, um dos maiores ídolos até hoje do Atlético-MG, teve que abandonar prematuramente a carreira em decorrência de inúmeras lesões no joelho. O mesmo aconteceu com o holandês Van Basten. Já Ronaldo Fenômeno contrariou todos os prognósticos ao jogar e ganhar a Copa de 2002 após sucessivas lesões no joelho direito.

“O joelho é o grande vilão porque é uma articulação primordial para que o jogador faça os movimentos inerentes ao esporte. É formado por ligamentos que sustentam sua estrutura e que são passíveis a lesões mais fortes. Sobretudo hoje em dia, com o aumento do contato físico. Costumo dizer que o campo ficou pequeno para 11 jogadores de cada lado”, enfatizou o ortopedista Romeu Krause, referência neste tipo de cirurgia em atletas no Estado.

Além da maior exposição ao trauma por conta das marcações cada vez mais fortes praticadas pela maioria das equipes, outros fatores, como a má qualidade dos gramados e a estafa dos jogadores, contribuem para deixar os atletas com maior probabilidade de sofrer uma lesão deste tipo.

“Pelo número excessivo de jogos, se o jogador não tiver um bom condicionamento físico, se lesionará muito mais. Falta um planejamento ideal, um cronograma de jogos melhor distribuído em um país continental como o Brasil. Não há como ter uma recuperação ideal tendo que jogar em Criciúma na terça, pegar uma avião, se alimentar mal e voltar para o Recife e atuar na sexta ou sábado”, afirmou Romeu Krause, exemplificando a situação vivida pelo Sport na semana passada, quando jogou fora de casa contra o Criciúma na terça, voltou para a capital pernambucana e depois encarou o ABC, ontem, em Natal.

Quem mais sofre com essa exposição é o ligamento cruzado anterior, o que foi rompido pelo zagueiro César pela segunda vez. É a lesão ligamentar mais frequente da região do joelho. Isso porque é o ligamento que fica mais exposto quando o pé do jogador fica apoiado no chão e o joelho flexionado.

O joelho ainda conta com os ligamentos cruzado posterior, colateral medial e colateral lateral. O enxerto para reconstituição de qualquer um deles é feito com tendões do próprio paciente e o prazo médio de recuperação é de seis meses. Os meniscos são lesionados com maior frequência do que os ligamentos, mas também a recuperação é mais rápida, de 15 dias a um mês.

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