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sábado, 15 de outubro de 2011

SANTA CRUZ



Rivais unidos pela causa tricolor 


Rubro-negros e alvirrubros se juntam a nação coral para ver o Santa Cruz escapar do calvário

 Diario de Pernambuco

Helder Tavares/DP/D.A Press
Juntos os alvirrubros Ericson Nunes e Jonathas Nunes, além dos rubro-negros Carlos Henrique Ramos e Carlos Alberto
Despir-se da rivalidade em favor da necessidade. Mesmo que seja a necessidade do eterno rival. Amanhã, uma parcela considerável de alvirrubros e rubro-negros reforçará a torcida tricolor. Queiram ou não os rivais mais radicais, as cores de Náutico e Sport vão se misturar às do Santa Cruz. Tudo pelo fim do calvário coral. Na foto acima aparecem os rubro-negros Carlos Henrique Ramos, seu pai, Carlos Alberto, e os alvirrubros Ericsson e Jonathas Nunes, também pai e filho.

Apesar da paixão clubística, o quarteto garante reforçar a torcida coral. Administrador de empresas, Carlos Alberto, 60 anos, se diz um rubro-negro convicto que se acostumou a torcer pelo futebol pernambucano. Ele resume o sentimento. “É uma torcida sem emoção, mas não deixa de ser uma torcida. Quero ver Pernambuco forte, com um time puxando o outro. Por mim eram os três na Série A.”

O filho, Carlos Henrique, costuma criticar a postura benevolente do pai, um exemplar raríssimo de rubro-negro. “Imagine você, um rubro-negro, cantar o hino do Náutico. É raro. Eu não fico secando. Sou conhecido por isso.” Apesar da compreensível divergência, o pensamento do filho está alinhado ao do pai. “Os rivais fortes obrigam o Sport a ser mais forte. E outra: o torcedor do Santa Cruz já está cansado de sofrer. Foi muita decepção pra pouco tempo. A Série D é o fundo do poço. É demais para o Santa.”


Os quatro, no entanto, garantem entender a postura radical de “secação” comum a grande parte dos rubro-negros. Para os alvirrubros, a torcida é uma forma singela de agradecer à manutenção do hexa, possível graças ao título estadual do Santa este ano sobre o Sport. Torcida à parte, todos avisaram: em caso de eliminação coral, as gozações virão com força.


“É por isso que o futebol de Pernambuco é forte. Sem a rivalidade, nosso estado seria mais um no Nordeste sem força no cenário nacional”, disse Ericsson. Apoiado pelos rubro-negros, Jonathas disparou: “Ah! Se perderem, vão ter que ouvir muito”. Na foto ao lado, enquanto uma mão segura a bandeira tricolor, a outra exibe o número 3. Três, de rumo à Série C. A pitada de provocação camufla o incentivo. O gesto, espontâneo, partiu do rubro-negro Carlos Henrique Ramos, de última hora, quando o fotógrafo já disparava sua máquina. Compreensível.

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