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terça-feira, 29 de novembro de 2011

AUTOMOBILISMO - FORMULA 1


Corrida só nos bastidores

Carros só voltam às pistas em 2012, mas circo agiliza as mudanças nas equipes para a próxima temporada. Barrichello espera convite

 Superesportes

Sério Moraes/Reuters
Reformulação total na equipe Willians deixa o experiente Rubinho otimista em continuar na categoria
São Paulo –
 Na pista, agora, a Fórmula 1 retorna apenas na primeira semana de fevereiro, em Jerez de la Frontera, no início dos treinos da pré-temporada de 2012. E embora a grande maioria do pessoal das equipes não tenha tanto tempo de folga, os rostos de alívio e a descontração ao desmontar máquinas e embalar material depois do GP do Brasil de domingo, tinham uma explicação simples. Interlagos deu fim a uma maratona de oito meses, 19 países e quatro continentes. Não por acaso, a impressão é de que o circo fez as malas ainda mais rapidamente do que o costume. O momento é de trabalho guardado a sete chaves nas escuderias, que correm para conceber e transformar em realidade os novos carros – a grande novidade será o fim das saídas de escapamento próximas ao difusor e o uso dos gases para gerar pressão aerodinâmica extra.

Se para as estrelas é tempo de descanso, ainda que muitas vezes acelerando – Felipe Massa e Rubens Barrichello disputam, nos próximos dias, o Desafio das Estrelas e as 500 Milhas de Kart –, quem ainda não tem lugar garantido no grid da próxima temporada viverá dias de ansiedade. Os postos nas principais equipes já estão ocupados, mas todos sabem que na F-1 as coisas podem ser tão incertas e mudar com a rapidez do céu de Interlagos. A Marussia Virgin, que já tinha confirmado a renovação do contrato de Timo Glock, justificou as especulações e confirmou a contratação de Charles Pic, de 21 anos. Quarto no campeonato da GP2, ele traz de volta a França à categoria, graças ao suporte do forte grupo Lagardère.

Com Red Bull, McLaren, Ferrari, Sauber e Mercedes mantendo a dupla de pilotos, a principal peça sem lugar no quebra-cabeças é a Lotus (que deixa definitivamente o nome da Renault). Em meio à incerteza envolvendo o retorno de Robert Kubica – o empresário do polonês, Daniele Morelli, desmente que a volta já na pré-temporada esteja descartada –, até mesmo a vaga de Vitaly Petrov não parece tão segura quanto antes. Com isso, entram na briga Bruno Senna, que causou boa impressão ao substituir Nick Heidfeld na segunda metade do campeonato, e o franco-suíço Romain Grosjean, campeão da GP2 e integrante do programa de pilotos do grupo Genii, que controla a escuderia (e é bem cotado pelo diretor Eric Bouiller). Bouiller, aliás, desmentiu que Rubens Barrichello tenha qualquer chance de correr pelo time de Enstone. A dupla titular deve ser anunciada até o dia 10.

APOSTA O brasileiro aposta suas fichas em permanecer na Williams. Se a possibilidade de Kimi Raikkonen voltar à categoria parece cada vez mais remota, o alemão Adrian Sutil, com a vaga a perigo na Force India, é uma ameaça real, assim como o holandês Giedo van der Garde. Rubinho mantém o discurso e evita forçar uma definição. “Se você chega para a namorada com um ultimato, é grande a chance de levar um fora. Estou fazendo o possível para permanecer, todos sabem do meu comprometimento e do que sou capaz de fazer. A equipe terá novo motor (Renault), novos engenheiros, passará por uma reformulação total, e eles sabem que é importante ter alguém com experiência para comandar o desenvolvimento do carro. Quero muito continuar, mas se for de uma forma competitiva, com perspectivas de bons resultados. Não vou perder o sono por causa disso, e é até bom que agora venham as provas de kart – ainda estou disputando o campeonato virtual de Stock Car no simulador e a Silvana muitas vezes precisa me tirar de lá à força.”

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