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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

BASQUETE - TREINADOR DETONA A RAINHA



Ênio Vecchi ataca Hortência:



Ênio Vecchi técnico seleção basquete (Foto: Gaspar Nóbrega / CBB)Ênio Vecchi disparou críticas contra Hortência,
diretora da CBB (Foto: Gaspar Nóbrega / CBB)

Em entrevista, técnico se mostra descontente com demissão, dispara contra diretora e diz: 'Mudei toda a minha vida para assumir o comando da seleção


Quando anunciou a decisão de dispensar Ênio Vecchi do comando da seleção brasileira, Hortência afirmou que a notícia foi recebida com tranquilidade pelo técnico. Em entrevista ao jornal “Lance!”, no entanto, o treinador mostra que a decepção com a diretora de seleções da Confederação Brasileira de Basquete é grande. Ênio, que se recupera de uma cirurgia na próstata, criticou a postura da ex-jogadora à frente da CBB.
- Não estou magoado. Como jogadora, ela foi brilhante. Mas, como dirigente, ainda falta muita coisa. Ela vai aprender com os erros. Quando ela assumir um compromisso, tem de cumprir. Ela precisa ter responsabilidade sobre as decisões que toma. Ela não pode alterar a todo momento uma decisão. Precisa ter uma linha de conduta e tomar posições firmes, acertando ou errando. Se cada problema que vier, houver uma mudança, fica fácil de dirigir. Eu não sei quem comanda. Mas o que sei é que é preciso colocar alguém com mais experiência para ajudá-la. Ela (Hortência) precisa de mais embasamento para tomar as decisões da parte administrativa e até mesmo analisar o jogo. Se não colocarem um freio nela, a situação poderá ficar muito pior. Ela está tomando decisões muito espontâneas – disse o treinador.
Também em entrevista ao jornal, Hortência se defendeu das críticas.
- Não tenho mais nada para falar. Aceito as críticas desde que elas sejam construtivas. Sei que ele ficou bastante chateado, como eu também ficaria. Eu entendo. Porém, sou uma profissional e vejo a seleção como um todo. Não penso apenas na equipe principal.
Ênio foi comunicado da demissão em uma reunião no dia 15 de novembro. Sem emprego desde então, o treinador diz não se arrepender de ter aceitado o convite para assumir a seleção quando estava à frente do Vitória, que disputava o NBB. Mas se disse decepcionado com a mudança de rumo de Hortência e CBB.
- O mais importante para mim, disso tudo, é que aquilo que foi apalavrado não foi cumprido. É por isso que estou indignado. Além disso, esta reunião ocorreu no dia 15, quatro dias antes de eu fazer uma cirurgia na próstata. Tinha outras preocupações. Não passava pela minha cabeça que poderia ficar sem emprego. Houve uma falta de “feeling” tremenda. [...] Não me arrependo de nada. As jogadoras e a comissão técnica fizeram um trabalho diferenciado, de muita qualidade. Isso me deixa muito satisfeito. Fico feliz também como o time jogou e se portou. Estar na seleção era o objetivo da minha vida. O tempo inteiro acreditei no projeto elaborado. Mudei toda a minha vida para assumir o comando da seleção.
Ênio também não poupou críticas ao presidente da CBB, Carlos Nunes. Para o treinador, o dirigente é omisso frente às decisões de Hortência.

O Carlos Nunes tem postura de presidente, procura não intervir no trabalho do técnico. Após o Pan, ele me disse: “Estamos juntos”. Mas, depois disso, não falou nada mais. O presidente da CBB tinha a obrigação de estar conversando. Ele poderia ter me chamado para falar, mas em nenhum momento teve esta conduta e postura. Também acho que o presidente tem de cobrar a Hortência e assumir uma postura mais firme. O que vejo é que ela tem uma ascendência muito grande dentro da confederação. Mas, agora, isso já é problema deles.
Depois da demissão de Ênio, Hortência anunciou a escolha de Luiz Cláudio Tarallo como novo treinador. Na entrevista, o ex-técnico da seleção preferiu não avaliar o trabalho de seu sucessor.
- Era um contato normal (que Ênio mantinha com Tarallo), de quem acompanha o basquete e o trabalho que estava sendo desenvolvido na base. Mas não gostaria de avaliá-lo. Ele é um profissional como eu e está trabalhando há anos para conseguir alcançar seus objetivos.
Na passagem pela seleção, Ênio conquistou a Copa América, garantindo a vaga para os Jogos Olímpicos de Londres. Na sequência, porém, caiu na semifinal do Pan de Guadalajara, contra Porto Rico, fato que determinou sua demissão.

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