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terça-feira, 13 de março de 2012

ARTIGO SOBRE RICARDO TEIXEIRA


ARTIGO

Valeu a alegriazinha, Teixeira

Eu sei que lá no fundo dói um pouco. Logo o senhor que se achava intocável, cheio de si, a criatura mais poderosa que o mundo já conheceu

Ricardo Teixeira saiu pela porta da frente, imune / AFP

Ricardo Teixeira saiu pela porta da frente, imune

AFP

Senhor Ricardo Teixeira,
Eu sei que o senhor vai continuar rico, morando bem, viajando demais.
Eu sei que sua saída da CBF não altera muito seu poder de influência no futebol, já que seu substituto, José Maria Marin, é cupincha do senhor, um ricardista.
Eu sei que o senhor deve estar dando sorrisos e se vangloriando de que nada vai acontecer, de que saiu pela porta da frente, imune. Está confiante de que os processos internacionais serão agora esquecidos.
Mas eu sei também que uma pessoa autoritária e arrogante como o senhor, apesar de não reconhecer nem para si mesmo, está se corroendo de raiva por ter que ceder, por ter seus sonhos de chegar ao comando da Fifa frustrados. Eu sei que lá no fundo dói um pouco. Logo o senhor que se achava intocável, cheio de si, a criatura mais poderosa que o mundo já conheceu, agora percebe não ser tão maravilhosamente inatingível assim, não está acima do bem e do mal.
A CBF deve mudar quase nada. A Fifa deve mudar quase nada. As federações devem mudar quase nada. Gente como o senhor anda por elas, comanda, dá pitacos. Principalmente, o torcedor deve mudar quase nada. Ele ainda não percebeu que para ter um futebol limpo, precisa abrir mão das fraudes, mesmo que elas sejam a favor de seu time. Precisa combatê-las, se indignar até quando elas o favorecem.
Enquanto as garfadas nos gramados e nos bastidores forem tidas como algo comum e legal, Ricardos Teixeiras viverão, fumarão seus charutos, beberão uísques de 12 anos, sorrindo em seus tronos.
O fato do senhor ter saído não traz muita esperança. A gente sabe que o caminho não está nem no meio. Mas dá uma alegriazinha na gente. Ah dá!

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