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domingo, 18 de março de 2012

CAMPEONATO PERNAMBUCANO 2012

Em baixa por erros, arbitragem pernambucana tenta se reerguer
Salmo Valentim, Erich Bandeira e Francisco Domingos: os homens da arbitragem em Pernambuco (Foto: Elton de Castro/GLOBOESPORTE.COM)Salmo Valentim, Erich Bandeira e
Francisco Domingos os homens da arbitragem PE
GLOBOESPORTE.COM

Nova comissão tenta melhorar imagem do quadro local, que vem cometendo constantes falhas no Pernambucano


Em um universo cada vez mais voltado para as questões ambientais, a palavra reciclagem transformou-se em uma obsessão, para os que lutam contra a poluição global. Porém, quando o mesmo termo é aplicado no meio do futebol, principalmente em assuntos relacionados à arbitragem, a expressão ganha outra conotação. Entre os árbitros, a reciclagem lembra temor, tem caráter punitivo, e, geralmente, está relacionada aos cursos e treinamentos que um juiz terá que ser submetido após errar durante os jogos.
A cada erro do trio de arbitragem é comum que representantes dos clubes prejudicados e das federações peçam para que o juiz seja entregue para reciclagem. No entanto, pouco se sabe desse processo. Pensando nisso, a equipe do GloboEsporte.com/PE foi até a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol (CEAF), para decifrar o que seria a tão falada reciclagem de árbitros.
Porém, de acordo com os líderes da CEAF, Francisco Domingos, Erich Bandeira e Salmo Valentim, o termo apropriado para o curso de requalificação dos juízes não pode ser chamado de reciclagem. Na avaliação do trio, é uma forma pejorativa que denigre a imagem do árbitro.
- Não existe reciclagem, o que fazemos em Pernambuco é um acompanhamento sócio pedagógico dos nossos árbitros, que busca uma melhoria na vida profissional de cada um - diz Francisco Domingos.
Na pratica, os árbitros são submetidos a três etapas. A parte teórica, onde respondem a uma prova com 20 questionamentos que, geralmente, estão relacionados às suas falhas. A parte pratica, atuando em jogos de menor apelo e acompanhados por um monitor. Além do acompanhamento com uma psicóloga, que avalia as condições emocionais dos juízes e assistentes.

No entanto, na avaliação de Salmo Valentim este acompanhamento não é o suficiente para que os erros parem de ocorrer. Em sua avaliação, as cobranças direcionadas aos árbitros é algo fora do comum, uma vez que este é o único setor no futebol que ainda não se profissionalizou.
- O acompanhamento pedagógico certamente auxilia, mas não irá evitar que os erros aconteçam. O futebol é profissional com uma arbitragem amadora. Como se pode cobrar de um árbitro que trabalha o dia todo em outra função e não tem tempo suficiente para se preparar.
Para melhorar a qualidade da arbitragem a CEAF enfrenta outro problema. Ainda não existem parâmetros predeterminados para julgar os erros dos juízes. De acordo com Erich Bandeira, a avaliação dos erros parte de critérios subjetivos.
- Ainda não temos um critério sobre as punições. Esse parâmetro é algo que não ocorrem nem na presidência da comissão nacional, onde sempre discutimos sobre isso. O que podemos fazer é se o erro teve ou não influencia no resultado da partida e, quais os fatores que levaram o árbitro a errar. Avaliando isso, chegamos a uma conclusão.
Outro ponto que não é muito bem explicado é sobre o período a qual o árbitro necessitará passar pelo acompanhamento sócio pedagógico. De acordo com Francisco Domingos, isso dependerá do grau de erro.
- Não temos um tempo predeterminado. Se um árbitro erra duas vezes contra um time e ele ganha, o erro não influenciou no resultado, mas mostra uma falha maior do árbitro que errou uma vez e o time perdeu. Então, temos que avaliar muitos critérios antes de definirmos quais os tratamentos que daremos.
No entanto, para Francisco Domingos, as polemicas sobre a arbitragem só terão uma solução definitiva quando a tecnologia for colocada no futebol.
- O arbitro é uma figura solitária e não tem ajuda de ninguém. O erro sempre irá existir, a menos que seja colocada a ajuda do mundo eletrônico. Sem isso, nada melhorará.
Presidente da Federação busca melhoria
Evandro Carvalho, presidente da Federação Pernambucana de Futebol (Foto: Bruno Marinho)Evandro Carvalho promete um centro de treinamento
para os ábitros de PE (Foto: Bruno Marinho)
Se não existe prazo para que a Fifa introduza a utilização de eletrônica no futebol, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, tenta buscar alternativas para melhorar a tão criticada arbitragem pernambucana.
De acordo com o mandatário do futebol do estado, nos próximos dois anos a federação irá criar um centro de treinamento e uma escola de árbitro, que servirão para melhorar a qualidade física e técnica dos juízes.
- É algo que precisa de muito investimento, mas nos próximos dois anos espero inaugurar o centro de treinamento e uma escola de árbitro. Acredito que isso servirá para alavancar a qualidade da nossa arbitragem e preparar nossa nova safra.

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