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segunda-feira, 12 de março de 2012

NÁUTICO - BOA SAFRA

Náutico começa a colher resultados com investimentos na base
Timbu começa a colher frutos com a base (Aldo Carneiro)

Auremir, João Ananias, Philip, Diego Bispo e Marcos Vinícius são alguns dos nomes que já começam a buscar espaço na equipe principal


Desde que decidiu permanecer no comando do Náutico, o técnico Waldemar Lemos impôs como meta para a renovação, investir na categoria de base do clube. Contrato renovado por mais um ano e, antes mesmo do que se previa, bons resultados. É certo que sempre que precisou utilizar os atletas formados no clube foi por conta de desfalques na equipe principal. Mas, na maioria das vezes, o resultado foi elogiado pelo treinador.
Hoje, muitos destes atletas estão brigando por uma vaga de titular. No início, João Ananias se firmou na lateral-direita, até deixar a equipe por conta de uma lesão. O volante Auremir é o mais novo xodó da torcida, sendo inclusive considerado o melhor na partida contar o Porto, quando a equipe estava repleta de ausências.

Os nomes não param por aí. Além de João Ananias e Auremir, o zagueiro Diego Bispo, o lateral Douglas e os meias Philip e Marcos Vinícius estão com moral com o treinador.
Para Sérgio China, treinador da equipe de juniores do Náutico, o resultado disso tudo é fruto de um trabalho a longo prazo, que começou há cerca de quatro anos.
- Desde 2009, o investimento nas categorias de base do Náutico vem melhorando. Claro que ainda existe muita dificuldade na parte financeira, mas a cada ano o orçamento está sendo aumentado pela diretoria.

Para o técnico, a abertura dada por Waldemar Lemos também foi fundamental para o crescimento da prata da casa timbu.
- O Waldemar é uma pessoa muito importante nesse processo, já que ele tem a coragem necessária para colocar esses meninos para jogar e ganhar cancha. Esse tipo de trabalho tem que acontecer para que o processo de formação seja bem feito.
O próprio Waldemar Lemos faz questão, sempre após os jogos, de elogiar os atletas lançados na equipe principal e sempre defendeu que o clube não precisava de novas contratações, pois tinha estes atletas na base.
- Os garotos estão focados no objetivo para continuar a trabalhar e acho que o clube vai ter muito a ganhar com isso. É o grande passo para se ter o sucesso também.
Peneira e olheiros
Antigamente no futebol era muito comum os clubes realizarem “peneirões” para garimparem talentos, principalmente nas comunidades mais carentes. Essa prática está sendo substituída ao longo do tempo por torneios voltados para esse intuito.
- Hoje não existe mais peneira. O que os treinadores estão fazendo atualmente é promover torneios entre os clubes e as escolinhas. Assim, é possível observar melhor os jogadores.
Segundo o treinador da equipe sub-20 do Náutico, outra prática que está se readaptando é uma figura folclórica do futebol. Segundo Sérgio China, o olheiro do futebol moderno precisa ser um profissional qualificado.
- Não adianta o cara ser olheiro se não tiver preparo nenhum. É muito fácil assistir um jogo e escolher aquele menino que faz muitos gols. O que vale, porém, é a capacidade de identificar um futuro atleta de futebol profissional. Hoje o Náutico não tem um profissional específico para isso, mas conta com parcerias aqui no Recife e no interior. Eles trazem jogadores e nós aqui avaliamos se o garoto merece ou não uma chance – explicou.

O Náutico continua modernizando o CT Wilson Campos. Os rivais Santa Cruz e Sport seguem o mesmo modelo com centros de treinamento, ambos em Paratibe, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, demonstrando que os clubes pernambucanos perceberam a importância de formar em casa.
Além de ajudarem a equipe dentro das quatro linhas, os garotos reforçam os cofres do clube, em caso de negociação como a do atacante Gilberto, em 2011, vendido ao Internacional por R$ 2 milhões.

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