SANTA CRUZ - A ADEMI NÃO VAI

Mirinda descarta participação da Ademi no Centro de Treinamento Rodolfo Aguiar

Mirinda disse que vai ajudar o Santa só nos bastidores da construção do CT

Ex-presidente do Santa Cruz ainda falou da situação do clube e do iminente rebaixamento do América

 Diario de Pernambuco

Atualmente afastado de cargos no futebol, o presidente da Ademi Imóveis-PE ( Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco), Alexandre Mirinda, esteve na manhã desta terça-feira na sede do Diários Associados para participar de um chat para a editoria de Economia. O Superesportes aproveitou a ocasião e conversou com o ex-presidente e conselheiro benemérito do Santa Cruz. Ele analisou a fase que o clube passa, ressaltando a atual gestão de Antônio Luiz Neto e o elenco coral. Aproveitou também para falar do América, time presidido pelo seu irmão e de tradição na família do empresário. Já ao ser perguntado se a Ademi tem chances de encabeçar o projeto do Centro de Treinamento Rodolfo Aguiar, Mirinda foi enfático e disse que essa possibilidade, pelo menos a princípio, não existe.

"A Ademi é uma entidade que tem uma formação muito clara de líderes da construção civil, mas todos com o propósito de defender os interesses da entidade. Quando vai para interesses particulares, de clubes ou politicos, isso fica fora de qualquer contexto", disse. "Mas claro que nós, como dirigentes de empresas e também tricolores, vamos dar apoio ao Santa Cruz na construção do seu CT", garantiu.

Analisando a situação do Mais Querido, em que foi mandatário em 1993, Miranda foi só elogios. "O Santa Cruz vem passando por um momento de reformulação que não é de hoje. Se você analisar, o Santa tem um time. No banco de reservas, vemos jogadores como Bala, Luciano Henrique e Renatinho. Antigamente, eles seriam titulares ou nem estariam aqui", falou. "Vejo com bom olhos essa nova fase e acredito firmemente na conquista do bicampeonato pernambucano e no acesso à Série B", acrescentou.

Já quando se toca no assunto "América", time em que o seu irmão, João Antônio Moreira, é presidente, Mirinda fala com penar. "O momento dentro de campo foi inesperado para quem tentou montar um projeto. Os times do interior se qualificaram muito mais, com o apoio de prefeituras. A ajuda que o América teve foi do Governo do Estado e do programa Todos com a Nota (TCN), muito pouco para investir em jogadores que possam fazer a diferença", afirmou Mirinda, que já jogou a toalha quanto ao rebaixamento. 

Segundo o ex-cartola, apesar de um trabalho de marketing bem feito (inclusive com a vinda da musa da última Copa do Mundo, Larissa Riquelme), um dos problemas foi a manutenção de um elenco de nível de Segundona do Pernambucano. "O Paulo Júnior (treinador do acesso no ano passado e do começo desta temporada) é um grande profissional, mas pecou em deixar alguns atletas!. Mirinda comentou ainda sobre o projeto do CT do Mequinha, que, segundo ele, ratificaria efetivamente o clube esmeraldino na elite Estadual. "Precisamos formar jogadores para não gastarmos com contratações", pontuou.