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sábado, 10 de novembro de 2012

SANTA CRUZ - ELEIÇÃO TRICOLOR


Duas chapas lutam pelo poder no Santa Cruz

   

Disputa é entre o atual presidente Antônio Luiz Neto contra o seu ex-vice Joaquim Bezerra



O Santa Cruz terá uma eleição que vai mexer com a torcida e com os sócios, no dia 7 de dezembro. De um lado, a chapa Força da União e Avanço, da situação, que tem o presidente Antônio Luiz da Silva Neto, advogado, professor e vereador do Recife, como candidato à reeleição, enquanto a chapa da oposição Ética e Profissionalismo conta com Joaquim José Bezerra Neto, advogado e administrador de empresas, ex-presidente executivo, que rompeu com a atual administração logo depois da conquista do bicampeonato pernambucano, em maio deste ano.

As eleições tricolores têm um fato especial. O próximo biênio (2013/14) marca o centenário do clube. Em 2014, o Santa Cruz completa 100 anos de fundação. Por isso, a situação e a oposição estão cientes da importância do pleito e da expectativa da torcida. A diretoria atual trabalhava com a meta de três acessos seguidos, para o time estar na elite nacional no ano do centenário. Mas o planejamento foi por água abaixo com a eliminação ainda na 1ª fase da Terceirona.

Antônio Luiz Neto acena no seu programa de gestão com a transformação do Estádio José do Rego Maciel em uma moderna arena. Além disso, existe o projeto de construir um centro de compras em torno do estádio. “É uma forma de dar ao clube as condições de ter independência financeira”, acredita o atual presidente, que ainda não divulgou o nome da empresa com quem faria a parceria.

No lado da oposição, Joaquim Bezerra concorda com a modernização do estádio, que ele calcula em cerca de R$ 200 milhões. Ao mesmo tempo, ressaltou que para construir o CT de Aldeia, o Santa Cruz precisaria de R$ 10 milhões. “O nosso objetivo é chegar no centenário com o clube equilibrado financeiramente. A partir daí, todos os projetos serão analisados.”

Um desafio é solucionar o passivo do clube. As informações dão conta que o débito com a Justiça do Trabalho chega a R$ 34 milhões, enquanto na Justiça Federal seria de R$ 35 milhões. Um total de R$ 69 milhões. O presidente Antônio Luiz Neto destacou que foi feito um acordo, e o clube está cumprindo religiosamente. “Hoje o Santa Cruz tem credibilidade. Por isso, a Justiça concordou em fazer um acordo. Não precisamos morrer para pagar o que devemos”, ressaltou.

A proposta de Joaquim Bezerra é administrar o passivo de forma separada. “Vamos colocar um administrador de débito. O lado positivo fica para manter o clube, pagar fornecedores, salários e os demais serviços do clube.”

A principal crítica do candidato de oposição é em relação à falta de profissionalização do clube. Segundo ele, a folha salarial passou em muito do orçamento definido para 2012. “Para se ter uma ideia Dênis Marques (atacante), além do salário (R$ 40 mil) ainda ganhou luvas de R$ 200 mil. Fabrício Ceará recebia R$ 25 mil e ainda teve luvas de R$ 50 mil”, revelou.

O candidato da chapa Ética e Profissionalismo ainda mostrou todas as prestações de conta quando comandava o setor administrativo e financeiro. Segundo ele, na temporada passada, a folha estava em torno dos R$ 230 mil. Para disputar a Série D e conseguir o acesso à Série C do Brasileiro, ficou definido um aumento de quase R$ 90 mil para reforçar o time, o que elevaria a folha para R$ 320 mil. No total, cerca de R$ 380 mil somando a comissão técnica. Depois com várias contratações e aumentos salariais a folha chegou aos R$ 750 mil, segundo Joaquim Bezerra. A diretoria atual nega esse valor.


JC Online

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