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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

SANTA CRUZ - INFERNO CORAL PODE TAMBÉM SER EXTINTA


Torcidas organizadas com os dias contados

Jaqueline Maia/DP
Inferno Coral também na mira do MPPE

Promotor aguarda desfecho positivo no julgamento da ação que pede a extinção



O promotor de Justiça Ricardo Coelho está em contagem regressiva. Autor da ação civil pública que prevê a extinção das três maiores organizadas do estado – Torcida Jovem, Inferno Coral e Fanáutico -, o representante do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) diz não ter dúvidas de que a sentença será favorável. Por uma questão de trâmite processual, o julgamento, acredita ele, deve ocorrer dentro de um período de seis meses a um ano.

“O mais importante é extingui-las como pessoa jurídica. Ou seja, acabar com as empresas. Essas três torcidas funcionam com razão social (Ltda) e possuem faturamento mensal que varia entre R$ 110 mil e R$ 120 mil. O rendimento vem basicamente da venda dos produtos que exploram a marca de cada uma”, diz.

Na avaliação do promotor, extinguir a marca seria cortar o mal pela raiz. Segundo Coelho, as três organizadas possuem juntas cerca de 200 mil afiliados. “Sozinos, eles não agem. Esses vândalos só funcionam como quadrilhas, em bando”, pontua. A medida adotada durante as finais do Campeonato Pernambucano deste ano é usada como exemplo.

Com a proibição do uso de camisas ou qualquer outro adereço referentes às três torcidas, nenhum incidente foi registrado nos arredores dos estádios. Na época, a decisão, acatada em caráter liminar pela Justiça, atendeu à ação ingressada pelo MPPE, de autoria de Ricardo Coelho. O primeiro pedido de extinção, no entanto, acabou indeferido. De acordo com o promotor, uma decisão já esperada.

“Isso é algo de praxe. Mas não tenho dúvidas de que a sentença final será pela extinção. Fatos como esse de hoje (ontem) só reforçam a necessidade de colocar um ponto final em tudo isso”, declarou. Nos próximos meses, oito testemunhas indicadas pelo promotor serão ouvidas pelo juiz Edvaldo Palmeira, da 5ª Vara da Fazenda Pública, responsável direto pela análise da ação. Todas são ex-comandantes da Polícia Militar de Pernambuco.

Confusões recentes:

15 de abril de 2012(22ª rodada do Pernambucano)
Sport 2 x 1 Santa Cruz
Os incidentes pós-clássico foram o estopim para o promotor Ricardo Coelho pedir a extinção das organizadas. O MPPE calculou depredação de mais de 200 ônibus, vários roubos e outros atos de vandalismo. Dois torcedores morreram: um tricolor de 19 anos, por atropelamento; uma rubro-negra de 18 anos, por suposto mal súbito. Não foi confirmada ligação entre as mortes e as brigas.

22 de outubro de 2011(32ª rodada da Série B)
Sport 0 x 1 Goiás
A derrota despertou a revolta dos rubro-negros. O protesto das arquibancadas saiu do controle e atingiu o patrimônio do clube. Pedras e garrafas foram lançadas em direção ao ônibus do time e carros estacionados dentro da sede. Um segurança do Leão ficou ferido. Quatro pessoas foram indiciadas. E a Torcida Jovem Sport teve um banimento temporário dos estádios.

10 de agosto de 2011(14ª rodada da Série B)
Sport 2 x 0 Náutico
Poucas horas antes do clássico, um alvirrubro morreu atropelado, na Ilha de Joana Bezerra, próximo ao estádio do Sport. Segundo a PM, Johnny Kaique Silva, 18 anos, e um amigo se dirigiam ao jogo de ônibus. Quando o transporte começou a ser apedrejado por rubro-negros, a dupla teria descido para pegar outro coletivo. O motorista do veículo de trás seguiu em alta velocidade e atropelou o rapaz.


Diario de Pernambuco

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