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sexta-feira, 15 de março de 2013

CAFAJESTE, MONSTRO


Ex-campeão de caratê condenado a 302 anos de prisão por estupro de alunos

O tribunal de Las Palmas, nas Ilhas Canárias, considerou o carateca culpado de "mega-abusos, crime de abusos sexuais contínuos sem precedentes" na Espanha



MADRI - O ex-campeão de caratê espanhol, Fernando Torres Banea, foi condenado a 302 anos de prisão por ter se comportado como um "predador sexual" e ter estuprado dezenas de alunos em sua escola de artes marciais, incluindo menores de idade, por quase 20 anos.
O tribunal de Las Palmas, nas Ilhas Canárias, considerou o carateca culpado de "mega-abusos, crime de abusos sexuais contínuos sem precedentes" na Espanha, numa decisão lida publicamente nesta sexta-feira.
O tribunal também condenou sua esposa, Maria José Gonzalez, a 148 anos de prisão, e um professor de caratê, Ivonne Gonzalez, a 126 anos de prisão.
"Não devemos nos esquecer de que este é um caso sem precedentes na história judicial do país", ressaltou o tribunal.
O professor de caratê, hoje com 56 anos de idade, foi preso em 3 de fevereiro de 2010 após a denúncia de uma aluna.
Este caso provocou comoção na Espanha, principalmente quando a vítima contou em setembro de 2012 ter sofrido abusos sexuais por parte de Fernando Torres Banea aos 9 anos, na época em que sua mãe sofria de uma doença grave em fase terminal.
Os psicólogos que analisaram o acusado, descartaram que se trate de um "doente mental", mas descreveram um homem manipulador, "narcisista patológico, com um senso desproporcional sobre si mesmo que o faz se sentir único". Um homem sem empatia, "exceto na medida em que pode satisfazer sua necessidade de ser admirado".
O ex-campeão de caratê organizou "por pelo menos 15 anos, verdadeiras orgias sexuais, onde os jovens não só se prestavam a qualquer tipo de atividade sexual com ele, como também eram forçados a fazê-lo com outros alunos, inclusive menores de idade, independentemente da idade, sexo ou do número de participantes", detalhou o juiz.
O tribunal condenou o ex-campeão a 302 anos de prisão pela gravidade dos fatos, embora a sentença real na Espanha seja de no máximo 20 anos por crimes de pedofilia. "A pena máxima é ineficaz" para os crimes em questão, considerou o juiz em sua decisão.

AFP


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