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domingo, 3 de março de 2013

SANTA CRUZ - CONTINUA ESPERANDO

Há mais de um mês no Arruda, Caio Tavera espera uma chance no Santa
caio tavera santa cruz (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

Mesmo com a lesão de Renatinho, o armador continua sem oportunidade e se sente incomodado com a situação, mas não chateado com o treinador


"E aí, quando é que você vai jogar?" Essa é a pergunta mais escutada pelo meia do Santa Cruz, Caio Tavera, quando algum torcedor o reconhece na rua. Não que ele seja uma celebridade ou ídolo coral, mas os poucos tricolores que sabem quem é Caio Tavera questionam o motivo de ainda não terem visto o armador em ação depois de um mês e meio no Arruda.
- Eu realmente não sei o motivo. Algumas pessoas podem pensar que estou lesionado, mas estou bem, treinando normalmente, doido para jogar. Engraçado que achava que ninguém me conhecia, mas no banco e no shopping já me abordaram com a mesma pergunta.

Tavera foi apresentado no dia 17 de janeiro, junto com o atacante Paulo César. O companheiro de time já atuou sete vezes, marcando apenas um gol e estando longe de ser uma unanimidade entre os torcedores. Já Caio ainda espera a sua primeira oportunidade. Com um detalhe que agrava o "esquecimento" do técnico Marcelo Martelotte: o titular Renatinho está lesionado, abrindo vaga na equipe.
- Talvez eu não esteja chamando atenção. Ainda não conversei com o treinador sobre o motivo de não surgir uma oportunidade para jogar e no início da semana pensei em bater um papo com ele, mas preferi aguardar. Não estou cobrando, seria uma conversa franca, até para saber o que está faltando para que eu possa melhorar e me adequar à filosofia do técnico. Posso não estar agradando - afirmou o jogador, incomodado, mas sem demonstrar raiva ou chateação com Martelotte.

Vindo do Vila Nova, Caio Tavera tem 25 anos e foi revelado pelo Cruzeiro. Passou pelo futebol italiano e espanhol até voltar ao Brasil, onde defendeu clubes como Marília e Metropolitano-SC. O jogador diz que nunca viveu uma situação semelhante. Além de disputar com Jefferson Maranhão e Éverton Heleno a vaga de Renatinho, pode ganhar a companhia de outro meia. É que o Santa Cruz procura mais um armador, já que existe um descontentamento sobre a quantidade de especialistas no elenco, mesmo que Tavera ainda não tenha jogado.
- Se vier mais um meia, espero que venha para somar, mas é lógico que não recebo essa notícia com felicidade. Não vou ser hipócrita e dizer que isso não me incomoda. Não estou jogando e estão procurando mais um jogador com esse estilo, mas continuarei trabalhando para conquistar o meu espaço.
Com contrato até o final do ano, Tavera espera poder mostrar seu futebol para o torcedor tricolor o mais rápido possível. Com ainda não se conhece a qualidade do atleta, ele explicou a sua maneira de jogar.
- Sou afoito, gosto muito de ir para cima mesmo. Seguro mais a bola do que os outros meias. Não sou fominha, se necessitar eu toco, mas encaro o adversário de frente. Sem contar que gosto de servir. Não sou goleador, dou o último passe. Se for para comparar, pareço com Alex, do Coritiba - disse, lembrando do camisa 10 que fez história no Cruzeiro na mesma época em que Caio ainda estava nas categorias de base.

Se Caio Tavera ainda não teve uma conversa com o seu chefe, Marcelo Martelotte explicou que está acompanhando o trabalho do meia e que aos poucos vai dar a oportunidade para o jogador mostrar serviço. Por enquanto, Tavera estaria sendo sacrificado para Martelotte encaixar uma equipe base.
- Não tenho pressa em colocar todos os jogadores para jogar. Vejo quem é quem no trabalho diário, estou acompanhando e se eu mudar a equipe a cada jogo não teremos conjunto e nem conquistaremos os objetivos traçados. É preciso um pouco mais de paciência. No Pernambucano testarei com calma os jogadores que temos, como Tavera - explicou o treinador.
Caio Tavera não está arrependido de ter assinado com o Santa Cruz e fez questão de lembrar várias vezes que não quer cobrar lugar no time e sim entender o motivo do escanteamento para poder melhorar.
- Todo início é difícil e vou trabalhar para superar esse obstáculo. Entendo, mas não aceito essa situação. É natural, quero vencer. Espero poder jogar e sei que me tornarei o xodó dessa torcida fantástica. Aí poderei dar mais entrevistas, só que comentando das minhas atuações e não porque não estou jogando.
GLOBOESPORTE.COM

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