SANTA CRUZ - TORCIDA ARRETADA

Confusão só aumentou a vontade do Santa Cruz de deixar a Série C neste ano

Depois do impasse, que gerou uma viagem cancelada e outra desperdiçada, time viajou para Minas Gerais com a força da torcida coral

Time enfrenta o Betim neste domingo, na Arena dos Calçados, no primeiro jogo da "final" que pode garantir o retorno do time à Segundona

Não é exagero dizer que a partida deste domingo entre Betim e Santa Cruz, às 16h (do Recife), na Arena do Calçado, em Nova Serrana (MG), é uma das mais esperadas do Tricolor nos últimos anos. Em todos os sentidos. Além de ser o primeiro jogo das quartas de final que irá definir o tão desejado acesso à Série B, o confronto será realizado após uma semana tensa por conta de uma batalha judicial entre Betim e CBF, que fez os corais reféns. Mas após duas partidas canceladas, uma delas depois de uma desgastante (e inútil) viagem para Mogi Mirim, a esperança é que a disputa, enfim, saia dos tribunais e volte para dentro de campo. De onde nunca deveria ter saído.

Tudo, porém, sem antes os tricolores passarem por mais um contratempo. Por conta da indisponibilidade de passagens aéreas, o elenco do Santa Cruz teve que seguir viagem para Belo Horizonte, na sexta-feira, dividido em três grupos, com um deles seguindo de van até Maceió, antes de pegar o voo rumo à capital mineira. Empecilhos que irritam, mas ao mesmo tempo fortalecem o desejo coral de deixar essa bagunçada Série C.

“A CBF vem castigando bastante a gente. Então cabe a nós termos mais gana e mais vontade e colocar isso em prática contra o Betim. Entrar em campo pronto para guerrear o tempo todo. Na história dos grandes títulos, das grandes conquistas, normalmente acontecem histórias como essa, que fogem do comum. Então tenho certeza que depois de tudo isso vamos dar risada dessa situação”, afirmou o volante Luciano Sorriso, um dos que retorna à equipe.

Time
Além dele, outros seis jogadores não participaram da partida contra o Treze, em Campina Grande, pela última rodada da 1ª fase. Lá se vão 15 dias sem jogos. Mas para um, a espera é ainda maior. Isso porque a última partida do meia Raul foi contra o Rio Branco, no último dia 3. “Fico chateado porque já é quase um mês sem jogar. A preocupação é para não perder o ritmo de jogo. Mas esse é mais um obstáculo. Para nós tudo é mais difícil, mas temos que superar todos esses obstáculos. Subir o Santa Cruz não é só um objetivo esportivo. É uma missão”, definiu o jogador.

Diario de Pernambuco