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terça-feira, 30 de junho de 2015

OPERAÇÃO LAVA JATO - CONFUSÃO DO DELATOR

CAIXA 2 DÁ IMPEACHMENT   

Deliberadamente ou não, o delator Ricardo Pessoa fez, em seus depoimentos, uma grande confusão entre doações eleitorais no caixa1 e no caixa2, sempre frisando que os recursos saíram dos negócios com a Petrobras, e envolvendo nomes de diferentes partidos.
Na investigação, vai ter que esclarecer caso a caso. Quem recebeu doação legal da UTC não está necessariamente implicado no Petrolão. Será preciso encontrar provas de tráfico de influência e interferência direta dos políticos citados em negócios da Petrobras envolvendo a UTC, ou extratos mostrando desembolsos de pagamentos em datas próximas às doações, para relacioná-los ao caso.
É evidente que a situação de governistas que receberam doações é muito mais complicada do que a de oposicionistas, que não têm influência na Petrobras. Pessoa vai ter que provar, por exemplo, que fez doação no caixa 2 a políticos como Aloizio Mercadante e Aloysio Nunes Ferreira.
Tucano e petista estão em situação parecida, até nas quantias recebidas – em torno de R$ 500 mil - que dizem terem sido doações oficiais. Já o ex-tesoureiro de Lula em 2006, José de Filippi, aparece mais enrolado, misturando canecos e tulipas a dinheiro vivo.
A bombástica delação premiada de Pessoa não é a última carta no baralho da crise política, e seu desfecho vai depender de variáveis que ainda virão a público. Uma das principais é a denúncia do procurador geral da República, Rodrigo Janot, contra os políticos que tiveram os nomes citados no Petrolão.
O empresário Ricardo Pessoa será ouvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma ação que investiga as contas da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. O ministro relator do processo, João Otávio de Noronha, autorizou no dia 23 a oitiva de Pessoa, cuja delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
A ação foi protocolada no TSE pela coalizão do senador Aécio Neves, candidato derrotado à presidência, e pede investigação de “abuso do poder econômico e político” e “obtenção de recursos de forma ilícita”.
Em depoimento à Procuradoria Geral da República, Ricardo Pessoa revelou ter feito doações à campanha de Dilma por caixa dois. Foram mencionadas por ele o repasse de R$ 2,9 milhões para o ex-tesoureiro João Vaccari Neto de 2011 a 2013 e de R$ 750 mil em 2010, ao então tesoureiro da campanha, José de Filippi. Caixa 2 é prática ilegal e isso pode abrir a janela do impeachment pela oposição.
Blog do Magno


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