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terça-feira, 29 de março de 2016

SANTA CRUZ - CONHEÇA O NOVO TREINADOR CORAL

Estágios com Van Gaal e José Mourinho, perfil estudioso e motivador: conheça Milton Mendes

Último clube de Milton Mendes foi o Kashiwa Reysol, do Japão, onde comandou o time por apenas três jogos

Teoria e prática: estudioso do futebol, Milton Mendes assume o Santa Cruz com a difícil missão de reerguer o time coral no Pernambucano e Copa do Nordeste


A tarefa de soerguer o Santa Cruz na temporada está, agora, a cargo de Milton Mendes. Anunciado neste segunda-feira como novo técnico coral, ele já mostrou, na curta carreira, que tem capacidade para isso. De perfil motivador, é um estudioso do futebol. Tem gosto pela carreira acadêmica. Estagiou com Van Gaal e José Mourinho e ostenta todos os cursos de qualificação oferecidos pela Uefa. Está habilitado, por conta disso, a comandar qualquer clube da Europa. Currículo que o gabarita a reorganizar taticamente o Tricolor, carente de um padrão tático e sem regularidade na temporada. Em tese.
Na prática, a situação não é tão simples. Todo o conhecimento do treinador não é o bastante. A principal carência tricolor na temporada não é de técnico: é técnica. Milton chega para assumir um elenco limitado, que sequer conseguiu reeditar o desempenho da reta final da Série B do ano passado. A mudança, iniciadas pelo comando, têm o objetivo de realinhar os rumos do clube. Precisam ir além disso.
Milton deve sentir isso de imediato. Ele gosta do 4-2-3-1 e suas variantes, mesmo esquema adotado por Marcelo Martelotte desde a oitava rodada da última Segundona, mas que precisou ser trocado com certa frequência neste início de temporada devido aos maus resultados. Não terá peças novas para os seus primeiros compromissos. Vai precisar se virar com o que tem. Com o que Martelotte tinha em mãos.

Nesse sentido, uma das suas principais características pode ajudá-lo de imediato. Com chegada ao Recife prevista para hoje, o comandante faz o estilo disciplinador e é um motivador nato. Nas preleções, músicas e vídeos motivacionais fazem parte do seu arcabouço. A filosofia de trabalho de Milton Mendes, diga-se, deu certo no ano passado, quando treinou o Atlético-PR. Evitou a queda da equipe no Estadual. Depois, chegou à liderança da Série A. Porém, quatro derrotas consecutivas no Brasileiro o tiraram do cargo.
Aos 50 anos, o catarinense Milton Mendes estava no Kahiwa Reysol. Assumiu o time japonês em outubro do ano passado até pedir demissão no início do mês por “problemas particulares”, contabilizando apenas três jogos na J-League. Longe do país, acumula experiência no futebol de Portugal (onde iniciou a carreira de treinador) e do Catar. No Brasil, fora o Atlético-PR, só treinou o Paraná e a Ferroviária-SP. Pela equipe do interior paulista, diga-se, conquistou o seu único título como técnico: uma Série A2 do Paulistão, no ano passado.
Estilo peculiar
O novo técnico tem como prioridade a parte tática e o jogo coletivo. Para marcar, utiliza-se de uma aplicada linha de quatro homens à frente do adversário com a bola, que dificulta a penetração na defesa. Para atacar, sem posições guardadas, vale-se de jogadas pelos lados do campo, com ajuda até dos volantes, além de infiltrações dos homens de meio-campo. A fim de fazer que cada movimento dê certo, prioriza sempre os ensaios com bola no treinos.
Mendes não é só inspirado no estilo europeu em termos de inovações táticas. Costuma também se vestir como muitos dos treinadores do Velho Continente, mesmo sob altas temperaturas do Brasil. O seu jeito peculiar não para por ai. No Atlético-PR já apostou com os jogadores que rasparia o cabelo caso o time se classificasse às oitavas da última Copa Sul-Americana. Conseguiu e passou mesmo a máquina zero. Depois, apareceu de capacete em uma entrevista para esconder o novo visual.


Diario de Pernambuco

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