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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

NÁUTICO - AINDA NÃO VOLTA ESTE ANO

Sem verba, retorno do Náutico aos Aflitos dificilmente acontece em 2017

                        Interditado, Aflitos só poderá ser utilizado após reinauguração (Foto: Marlon Costa / PE Press)

Se tivesse recursos suficientes, o custo total da revitalização giraria em torno de R$8 milhões; Comissão Paritária estuda campanhas para não depender de setor privado


Na última semana, a novela envolvendo a volta do Náutico aos Aflitos ganhou mais um capítulo: o estádio foi interditado. Apesar de não ser utilizado pela equipe principal, o local servia como apoio a outras modalidades do clube, como o futebol feminino - que foi realocado para o CT, com mando de jogos no Estádio Ademir Cunha. Por conta da escassez de dinheiro, a revitalização anda a passos lentos. Além do recrutamento de voluntários, a Comissão Paritária analisa medidas para arrecadação de fundos.
Para captar esses recursos sem ficar refém do setor privado, campanhas estão em estudo. E uma delas já deve ser lançada nos próximos meses.

- Está sendo estudada a possibilidade de comercializar as cadeiras de ferro antigas do estádio, que já foram retiradas. Elas serão restauradas e vendidas como relíquia, lembrança do estádio. É uma forma de arrecadação de recursos - disse Ana Cláudia Nogueira, assessora do Conselho Deliberativo.
Outra possibilidade de obtenção de renda seria por meio de um processo judicial, que ganhou força após o Náutico, na primeira quinzena de dezembro de 2016, ameaçar acionar o Consórcio Odebrecht na Justiça Arbitral. Contudo, o procedimento, neste caso, é lento.
- A questão da Odebrecht certamente vai demorar demais para ser resolvida. Não dá pra contar com esse dinheiro nesse ano, por exemplo.
O Náutico não joga nos Aflitos desde 2013. A ideia de voltar a jogar com o time principal no local vem sendo trabalhada pelo clube há cerca de um ano. Por enquanto, estão sendo realizadas intervenções.

-  Ainda estamos aguardando o início das campanhas de arrecadação. Enquanto não começam, a gente faz o que é possível. Tem alguns voluntários que já estão ajudando a gente. Fazendo retirada de coisas, limpeza, faxina... vendo o que pode ser feito - acrescentou Ana Cláudia Nogueira.
Em certo momento, foi levantada a possibilidade, pelo próprio Náutico, de o estádio receber grama sintética. Com a recente proibição do gramado artificial pela CBF a partir de 2018 (que afetou, principalmente, o Atlético-PR e seu estádio, Arena da Baixada), e custo alto que geraria ao clube, o plano não seguirá em frente. O início da recuperação do gramado dos aflitos, inclusive, é uma das ações a curto prazo, segundo Ana Cláudia Nogueira.
- Umas da ações que devem começar amanhã (quinta-feira) é a irrigação de toda a grama do campo, que é para as ervas daninhas germinarem e serem arrancadas. Depois disso, se esteriliza o terreno para, aí sim, poder receber uma nova grama.
Já foi dito que, assim que o dinheiro necessário estiver em caixa (cerca de R$8 milhões), em oito meses o estádio ficará pronto. Devido ao momento financeiro delicado do país, a conclusão de todas as obras, ainda este ano, é difícil. Mesmo assim, a comissão não usa a palavra impossível.
- A gente não fala que é impossível reabrir (em 2017). Estamos trabalhando por etapas. A primeira proposta é o básico, o gramado. Isso ainda pode ser feito em 2017. Mas é difícil porque estamos tendo muitas dificuldades com investidores. Não podemos jogar tudo nas costas da torcida e o clube não tem dinheiro sobrando. A gente precisa muito do apoio externo, empresarial, na coleta de recursos. 
O clube também está produzindo um portal de transparência. O site terá o objetivo de reunir informações e outras campanhas de arrecadação. Por meio dele dele, qualquer pessoa poderá contribuir e acompanhar como os valores estão sendo investidos.
O curioso é que, na coletiva de apresentação, o técnico Milton Cruz defendeu a volta dos jogos nos Aflitos. Ele confessou que chegou a perguntar ao diretor de futebol Eduardo Henriques onde o Náutico estava se apresentando. Para o treinador, estar de novo na antiga casa é o primeiro reforço do time.
- Acho que o primeiro reforço nosso é voltar a jogar nos Aflitos. Eduardo falou comigo e eu perguntei: "Onde estão mandando os jogos?". Eles disseram que o estádio dos Aflitos está passando por uma reforma e eles estão procurando patrocinadores. Todas as vezes que eu vim jogar aqui, e nós jogamos contra o Náutico nos Aflitos, era uma dificuldade muito grande. E os outros times sentiam muito. A torcida gosta, faz pressão e isso é importante para os jogadores do Náutico que sentem mais o carinho da torcida.


GloboEsporte.com

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