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segunda-feira, 27 de março de 2017

CENA DE FILME

MORO DÁ 5 DIAS PARA PF SE MANIFESTAR SOBRE VÍDEO DE COERCITIVA DE LULA
OS ADVOGADOS DO PETISTA AFIRMARAM QUE ‘A CONDUÇÃO COERCITIVA CONSTITUIRÁ A PRINCIPAL CENA DO FILME’ (FOTO: MARCIO FERNANDES/ ESTADÃO)

A GRAVAÇÃO, SEGUNDO A DEFESA DE LULA, SERÁ USADA NO FILME “POLÍCIA FEDERAL – A LEI É PARA TODOS”

O juiz federal Sérgio Moro deu cinco dias para que a Polícia Federal se manifeste sobre um suposto vídeo gravado durante a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março do ano passado. O prazo foi concedido na sexta-feira, 24.
A gravação, segundo a defesa de Lula, será usada no filme “Polícia Federal – A lei é para todos”. O longa, da produtora carioca New Group & Raconto e associados, custará R$12 milhões e será ‘um thriller policial político inspirado em fatos reais’.
Em manifestação a Moro, também na sexta-feira, os advogados do petista afirmaram que ‘a condução coercitiva em desfavor do peticionário (Lula) – medida autorizada por este Juízo e executada no dia 4 de março de 2016 – constituirá a principal cena do filme’. Para a defesa, o uso do suposto vídeo tem como objetivo ‘macular’ a imagem de Lula ‘perante a sociedade’.
“Ocorre que para a gravação da cena os produtores tiveram acesso integral a uma suposta filmagem realizada pela Polícia Federal no dia da medida que privou a liberdade do peticionário por cerca de cinco horas”, alegaram os advogados.
A defesa pediu a Moro que determinasse à produção do filme que se abstivesse de usar a gravação e que fosse apurado ‘a responsabilidade criminal dos agentes policiais’.
Ao analisar o pedido da defesa de Lula, o juiz da Lava Jato afirmou que ‘não cabe a este Juízo impor censura a veículos de comunicação ou mesmo à produção de algum filme’.
“Não são eles sequer partes deste processo”, anotou. “Não consta que qualquer gravação efetuada durante a diligência de condução coercitiva tenha sido disponibilizado à produção do filme ou a qualquer veículo de imprensa. Se o último fato tivesse ocorrido, aliás, provavelmente tais imagens já teriam sido publicizadas.”
Moro determinou. “Antes de qualquer providência, intime-se a autoridade policial responsável pelo caso para prestar oportunos esclarecimentos e se manifestar sobre a petição (da defesa de Lula).” 

(AE)

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