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sexta-feira, 12 de maio de 2017

COPA SUL-AMERICANA 2017

Mais uma vez Magrão salva nos pênaltis e classifica Sport para 2ª fase da 'Sula'

Pela primeira vez na história, Sport eliminou um equipe estrangeira na Copa Sul-Americana

Em sua pior apresentação no ano, Leão foi derrotado pelo Danubio por 3 a 0, no estádio Centenário, mas garantiu vaga nos pênaltis, graças ao camisa 1

Foi preciso apelar novamente para “São” Magrão. Em sua pior apresentação na temporada, onde o técnico Ney Franco armou mal e mexeu mal na equipe, o Sport, com um futebol apático, não viu a cor da bola diante do Danubio. E mesmo com nítidas limitações técnicas, mas jogando sobretudo com a tradicional raça uruguaia, os donos da casa devolveram o placar de 3 a 0 sofrido no jogo da Ilha do Retiro, levando a decisão para os pênaltis.

E quando basta o talento individual, o goleiro rubro-negro, como de praxe, fez a diferença. E foi a vez do mítico estádio Centenário conhecer o mito do Sport. Com duas defesas na decisão de pênaltis (o 29º e 30º defendidos na sua história no clube), Magrão carregou o Leão para a próxima fase da Copa Sul-Americana, ajudando o Sport a eliminar pela primeira vez um time estrangeiro da competição.

O jogo

Com a vantagem de poder perder por até dois gols de vantagem, o técnico Ney Franco mais uma vez não abriu mão do esquema com três volantes, com Rodrigo entrando na vaga de Rithely, poupado por desgaste muscular. Na parte ofensiva, optou pela entrada de Fábio para atuar ao lado de Rogério e André, sacando Everton Felipe. Decisão que se mostrou um erro, com o time pernambucano fazendo um primeiro tempo desastroso.

Muito porque a equipe perdeu qualquer ponto de criação ofensiva, com uma saída lenta da defesa para o ataque. Engessamento causado por um buraco enorme entre os volantes e o trio ofensivo. Desorganização registrada também na defesa, principalmente pelo lado esquerdo onde o Danubio armou a maioria das suas jogadas, mesmo com o Sport com três marcadores no meio de campo. 

Assim, mesmo tendo visíveis limitações técnicas e com um apoio mínimo da torcida, presente em número reduzido ao Centenário, a equipe uruguaia foi a dona da primeira etapa. Abrindo 2 a 0 no placar com 22 minutos. O primeiro, aos 13, após cobrança de escanteio, com o atacante Jonathan dos Santos aproveitando rebote de um chute na trave. O segundo, em cobrança de pênalti cometido pelo atabalhoado Matheus Ferraz e convertido pelo lateral Olaza. E o estrago poderia ter sido ainda maior não fosse a falta de pontaria do atacante Arroyo, que perdeu, pelo menos, três grandes oportunidades na pequena área de Magrão.

Ao Sport, ficou o alento de que, se colocasse a bola no chão e tivesse o mínimo de organização ofensiva, conseguir um gol não seria missão de outro mundo. Exemplo disso foram as duas únicas chances, já após o 2 a 0, ambas explorando as laterais de campo.

Segundo tempo

Como não poderia ser diferente, Ney Franco se mostrou insatisfeito com a atuação da sua equipe e fez duas mudanças para a etapa final, abrindo mão dos três volantes, com o atacante Paulo Henrique substituindo Rodrigo. Na zaga, Matheus Ferraz, pendurado com cartão amarelo, deu lugar a Henriquez. Porém, nada mudou.

Até mesmo os erros se repetiram, com o zagueiro colombiano cometendo pênalti em Arroyo, logo aos nove minutos. Na cobrança, mais uma vez Olaza não deu chances para Magrão, mandando a vantagem construída pelo Sport no jogo de ida para o espaço. Com direito a mais um susto minutos depois, com o Danubio marcando mais um gol. Porém com o volante Malrechauffe usando o braço. Gol acertadamente anulado e que rendeu a expulsão ao uruguaio.

Com um jogador a mais e ciente de que um gol poderia render a classificação, já que obrigaria o Danubio a ter que marcar mais dois, Ney Franco abriu ainda mais seu time, sacando Ronaldo para a entrada de Everton Felipe. Opção arriscada, já que o Leão ficou com apenas um volante em campo, tendo um zagueiro amarelado. 

Para piorar, os rubro-negros também ficariam com um jogador a menos aos 34 minutos, com a lesão muscular de Mena. Ney Franco já havia feito todas as substituições.

Mas com drama e tudo, e com o Danubio já visivelmente cansados, o Sport ainda teve uma última chance de decidir a vaga no tempo normal. Mas Paulo Henrique, aos 43 e dentro da pequena área, “furou”.

Pênaltis
Nos pênaltis, Magrão foi mais uma vez decisivo ao defender as cobranças de Gonzalo González e Tabarez. Heroi novamente. Por parte do Sport, todos converteram: Everton Felipe, Raul Prata, Fabrício e André. Classificação toda na conta de Magrão.

Ficha do jogo

Danubio 3 (2)
Ichazo; Peña, De Los Santos, Fernandez e Olaza; Malrechauffe, Gonzalo González, Zarfino e Ignacio González (Tabarez); Arroyo (Olivera) e Jonathan dos Santos (Gravi). Técnico: Gastón Machado.

Sport 0 (4)
Magrão; Raul Prata, Matheus Ferraz (Henriquez), Durval e Mena; Fabrício, Ronaldo (Everton Felipe) e Rodrigo (Paulo Henrique); Fábio, André e Rogério. Técnico: Ney Franco.

Local: Estádio Centenário, em Montevidéu (URU). Árbitro: Eduardo Gamboa (Chile). Assistentes: Raul Orellana e Edson Cisternas (ambos do Chile). Gols: Jonathan dos Santos (14 min do 1º) e Olaza (22 min do 1º e 10 min do 2º). Cartões amarelos: Raul Prata, Matheus Ferraz, Ronaldo, Henriquez (S). Expulsão: Malrechauffe (D). Nos pênaltis: Everton Felipe, Raul Prata, Fabrício e André converteram para o Sport. Oliveira e Olaza, converteram para o Danubio, com Gonzalo Gonzalez e Tabarez perdendo.

Diario de Pernambuco

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