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quarta-feira, 14 de junho de 2017

COMPARANDO AS DELAÇÕES

JBS encaminhou aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) um estudo para defender a validade do acordo de colaboração que fez com a PGR (Procuradoria-Geral da República). Nele, a empresa compara a amplitude do que Joesley Batista, seu principal acionista, contou aos procuradores com as informações fornecidas por delatores como Marcelo Odebrecht.
Marcelo Odebrecht delatou 70 agentes políticos. Joesley Batista, 1.893, incluindo até vereadores. O empreiteiro citou 24 políticos com prerrogativa de foro, que são julgados pelo Supremo. O dono da JBS mencionou 34. Os dois, por sinal, envolveram o presidente Michel Temer nas denúncias.
Os advogados da JBS incluíram também no estudo os valores pagos pelas empresas em acordos de leniência. Dizem que a companhia pagará R$ 10 bilhões em 25 anos, enquanto a Odebrecht desembolsará R$ 3,8 bilhões em 23 anos.
Odebrecht cumprirá pena de 7 anos e seis meses, sendo pouco mais de dois deles em regime fechado. Joesley conseguiu perdão judicial.
O acordo entre a Procuradoria-Geral da República, que foi homologado pelo ministro Edson Fachin, do STF, ganhou ares de escândalo e passou a ser questionado quando se soube que Joesley Batista, depois do perdão, foi para os Estados Unidos num jato particular, levando até um iate para lá.
O ministro Fachin vai submeter os questionamentos feitos ao acordo ao plenário do Supremo. Alguns ministros defendem que ele seja revisto.

Folha de S. Paulo - Mônica Bergamo

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