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terça-feira, 20 de junho de 2017

NÁUTICO - PODE NÃO ACONTECER

Marcada para o dia 16 de julho, eleição do Náutico corre risco de ser anulada 

Segundo vice do Jurídico, antecipação só pode acontecer por "motivos relevantes que causem dolo"

Atual diretoria entrou com ação na 16ª Vara Civel de Pernambuco solicitando o cancelamento da eleição. Juiz ouvirá presidente e vice do Conselho


Nesta segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Náutico divulgou a lista com os 3.649 sócios aptos a participar da eleição do clube, antecipada para o dia 16 de julho. No entanto, há o risco do pleito não ocorrer ou mesmo ser anulado após a sua realização. Em entrevista ao Superesportes, o atual vice-presidente jurídico do clube, Bernardo Wanderley confirmou que a atual direção pediu junto a 16ª vara Cível da Capital uma liminar para anular o processo alegando não haver motivos para a sua antecipação. 

Segundo Bernardo, no primeiro momento, o juiz responsável pelo caso não concedeu a liminar de imediato, preferindo ouvir do presidente Conselho Deliberativo, Gustavo Ventura, e do vice, Ivan Pinto da Rocha, as explicações para a antecipação da eleição, normalmente marcada para a segunda quinzena de dezembro.
 
A decisão foi tomada na reunião do órgão, do dia 22 de maio, alegando "descontrole de gastos, falta de planejamento e o sistemático desrespeito e descumprimento do estatuto e da legislação" por parte da atual direção executiva do clube.

Só após essas explicações, o juiz decidirá se acata ou não o pedido de anulação. Decisão essa que pode ocorrer depois da data marcada para a eleição. 

"A princípio o juiz não acatou o pedido de liminar porque queria ouvir as explicações do pedido de antecipação por parte do presidente e vice do Conselho. Acredito que essas explicações devem ser dadas ainda essa semana", afirmou Bernardo Wanderley. "O estatuto diz que para haver uma antecipação extraordinária da eleição é preciso haver motivos relevantes que causem dolo ao clube. E não vimos, entre os motivos expostos, nenhum que justificasse essa decisão", completou.

O vice-juridico do Náutico, por sua vez, reconhece que o ideal seria que a decisão de anular ou não a eleição seja dada antes da realização do pleito, para evitar um novo desgaste ao clube. Com a retirada da candidatura da situação, até então encabeçada pelo atual vice-presidente financeiro Sérgio Lopes, apenas a chapa da oposição, liderada pelo empresário e conselheiro Edno Melo, está apta para disputar os votos dos sócios.

"Existe esse risco da anulação acontecer depois da eleição. Mas isso seria muito ruim", finalizou Bernardo Wanderley.

Conselho

Procurado pela reportagem, o presidente do Conselho Deliberativo do Náutico, Gustavo Ventura, revelou que até agora não recebeu nenhum pedido de esclarecimento por parte da Justiça sobre a antecipação da eleição alvirrubra. Ao mesmo tempo, se mostrou bastante tranquilo quanto a isso e confiante de que o pleito ocorrerá sem problemas.

"Não sei os motivos da ação e por isso não quero me manifestar. Mas a interpretação do estatuto compete aos conselheiros do clube. Isso está escrito de forma objetiva", concluiu.

Ação corre na 16ª Vara Cível da capital e é movida pela atual direção do clube alvirrubro

Diario de Pernambuco

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