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quinta-feira, 6 de julho de 2017

ARTICULAÇÃO DA BASE ALIADA

Para favorecer Temer, PTB faz troca na CCJ da Câmara


O PTB, partido da base aliada do presidente Michel Temer, realizou nesta quarta-feira (5) troca na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que deverá favorecer o peemedebista na tramitação de denúncia contra ele por corrupção passiva.
A sigla governista trocará Arnaldo Faria de Sá (SP) por Nelson Marquezelli (SP). Em enquete feita pelaFolha, o primeiro disse que não sabia como votaria. O segundo, no entanto, posicionou-se contra o prosseguimento da acusação.
A troca foi a segunda realizada nesta quarta-feira (5) para beneficiar o presidente. O Solidariedade também decidiu trocar Aureo Moreira (RJ) por Laércio Oliveira (SE). O primeiro também não havia revelado o voto, ao contrário do segundo, também favorável que a denúncia seja barrada.
O líder do PTB, Jovair Arantes (GO), alegou que a troca não tem relação com a votação da denúncia pela CCJ e que já havia uma previsão de "rodízio" da bancada do partido na comissão.
"Conversei com o deputado Arnaldo e expliquei que não tem nada a ver com isso. Ele sabe que já estava previsto", explicou.
Além das substituições, o governo trabalha com a estratégia de convencer deputados indecisos a não comparecerem à votação, para que sejam substituídos por suplentes favoráveis a Temer.
Esse método deve ser utilizado pelo PRB. Os dois suplentes da legenda, Beto Mansur (SP) e Cleber Verde (MA), dizem que votarão contra a denúncia. Eles devem substituir dois dos três titulares do partido, que até agora não declararam como devem se posicionar.
Nos últimos dias, o presidente fez uma ofensiva sobre titulares indecisos da CCJ. Só nesta terça-feira (5), ele se reuniu com dois: Elizeu Dionizio (PSDB-MS) e Silvio Torres (PSDB-SP).
Em conversas com parlamentares, Temer chegou a cogitar um cenário de derrota na Câmara dos Deputados, em que a denúncia seria remetida à Suprema Corte e ele seria processado criminalmente por corrupção.
Nesse caso, o presidente disse ter certeza absoluta de que seria inocentado pela corte, por falta de provas.
Nos encontros reservados, o peemedebista disse que as acusações feitas pelos delatores da JBS já o prejudicaram como presidente e apelou aos deputados indecisos para barrarem seu eventual afastamento do Palácio do Planalto, sob pena de manchar também suas biografias. 

Folha de S. Paulo 
Por Gustavo Uribe, Bruno Boghossian e Daniel Carvalho

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