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domingo, 23 de julho de 2017

FAMA DE CORRUPTO

JOESLEY RECLAMA DA FAMA DE CORRUPTO APÓS DIVULGAÇÃO DE ÁUDIOS COM TEMER
EMPRESÁRIO TENTA, POR ESTAR LIVRE, SE DESVENCILHAR DOS CRIMES QUE COMETEU

EMPRESÁRIO TENTA, POR ESTAR LIVRE, SE DESVENCILHAR DOS CRIMES QUE COMETEU

O empresário e delator Joesley Batista diz, em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo deste domingo, que, de uma hora para outra, passou de "maior produtor de proteína animal do mundo a 'notório falastrão', 'bandido confesso' e tantas outras expressões desrespeitosas". Joesley, que gravou conversa com o presidente Michel Temer, dando início à atual crise política, afirma que decidiu escrever o artigo para "acabar com mentiras e folclores" e "entregar ao tempo a missão de revelar a razão".
O dono da JBS afirma que 17 de maio de 2017, quando a gravação com Temer se tornou pública, foi o dia de seu "renascimento", "Senti-me um novo ser humano, com valores, entendimento e coragem para romper com elos inimagináveis de corrupção praticada pelas maiores autoridades do nosso país."
Joesley diz também que, desde então, "vive num turbilhão para o qual são arrastados minha família, meus amigos e funcionários". Segundo ele, políticos, que até então se beneficiavam dos recursos da J&F para suas campanhas eleitorais, passaram a criticá-lo, "lançando mão de mentiras". "Disseram, por exemplo, que, depois da delação, eu estaria flanando livre e solto pela Quinta Avenida, quando, na verdade, nem em Nova York eu estava."
"A lista de inverdades não parou por aí. Mentiram que eu estaria protegendo o ex-presidente Lula; mentiram que eu seria o responsável pelo vazamento do áudio para a imprensa para ganhar milhões com especulações financeiras, que eu teria editado as gravações", escreve.
Ele afirma que "a única verdade que sei é que, desde aquele 17 de maio, estou focado na segurança de minha família e na saúde financeira das empresas, para continuar garantindo os 270 mil empregos que elas geram". "Por isso, demos início a um agressivo plano de desinvestimento que tem tido considerável êxito, o que demonstra a qualidade da equipe e das empresas que administramos."
O empresário acrescenta que, de volta a São Paulo, vê na imprensa "políticos me achincalhando no mesmo discurso em que tentam barrar o que chamam de 'abuso de autoridade'". "Eles estão em modo de negação. Não os julgo. Sei o que é isso. Antes de me decidir pela colaboração premiada, eu também fazia o mesmo. Achava que estava convencendo os outros, mas na realidade enganava a mim mesmo, traía a minha história, não honrava o passado de trabalho da minha família."
Joesley reclama que "poucos mencionam a multa de R$ 10,3 bilhões que pagaremos, como resultante do nosso acordo de leniência". "Não tenho dúvida de que esse acordo pagará com sobra possíveis danos à sociedade brasileira. Hoje, depois de 67 dias e 67 noites da divulgação da delação, resolvi escrever este artigo, não para me vitimar - o que jamais fiz -, mas para acabar com mentiras e folclores e dizer que sou feito de carne e osso. E entregar ao tempo a missão de revelar a razão", conclui.

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