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quarta-feira, 19 de julho de 2017

OPERAÇÃO LAVA JATO

PF CONFIRMA CORRUPÇÃO DO PRESIDENTE DO TCU E CEDRAZ, SEU ANTECESSOR
SEGUNDO A PF, TIAGO CEDRAZ INTERMEDIAVA FAVORECIMENTO DE EMPREITEIRA COM O PAI, AROLDO CEDRAZ, E O TAMBÉM MINISTRO RAIMUNDO CARREIRO.

FILHO DE MINISTRO, TIAGO CEDRAZ É ACUSADO DE INTERMEDIAR PROPINA

Inquérito da Polícia Federal confirmou as suspeitas, reveladas em primeira mão pelo colunista Cláudio Humberto e o portal Diário do Poder, de que o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, e o ministro Aroldo Cedraz, ex-presidente da corte de contas, integram um esquema de corrupção para favorecer a empreiteira UTC em processo relacionado às obras da usina de Angra 3 no Tribunal de Contas.
Em seu relatório conclusivo, a delegada Graziela Machado da Costa e Silva afirma que as provas colhidas corroboram declarações de cinco delatores que mencionaram pagamento ao advogado Tiago Cedraz, filho de Aroldo, para que conseguisse influenciar o julgamento do caso.
O inquérito sobre corrupção no TCU foi instaurado em 2015, depois que o acionista da UTC Ricardo Pessoa, em delação premiada, declarou que fazia pagamentos a Tiago para obter informações privilegiadas da Corte. Ele e Walmir Pinheiro, ex-diretor financeiro da empreiteira, também colaborador, relataram que o advogado teria pedido R$1 milhão para conseguir que o TCU liberasse, em 2012, a licitação para a montagem eletromecânica da usina. Com a decisão, o contrato foi assinado em 2014, ano em que o montante teria sido repassado, em espécie, ao advogado.
O inquérito da PF lista documentos e mensagens indicando a atuação de Tiago em tráfico de influência perante ministros do tribunal entre 2012 e 2014. Para a PF, não havia diferença entre as atividades de Aroldo e Tiago, que se valeria “do poder do pai e das suas relações no TCU” para viabilizar interesses.
Segundo a PF, de 2012 a 2014, houve 14.321 ligações entre telefones vinculados a Tiago e seu escritório e terminais do pai e de seu gabinete. No caso de Carreiro e equipe, a PF cita “centenas” de ligações. O aparelho registrado em nome do assessor Maurício Lockis, que teria elaborado o voto de Carreiro favorável à UTC, foi o que mais recebeu contatos (271), sendo 112 em 2012, ano do julgamento.
Os delatores Luiz Carlos Martins, da Camargo Corrêa; Gustavo Botelho, da Andrade Gutierrez; e Henrique Pessoa Mendes, da Odebrecht, disseram que a operação para “comprar” votos no TCU foi discutida em reuniões entre representantes das empreiteiras do consórcio que venceu as obras. Este último admitiu a que a Odebrecht contratou uma sobrinha de Carreiro como “agrado” ao ministro.
Carreiro informou que vem prestando “todos os esclarecimentos solicitados”. Cedraz  jura sua “total isenção, já demonstrada ao longo de 11 anos de atuação como magistrado”. Tiago Cedraz não se manifestou.
As conclusões foram enviadas à Procuradoria Geral da República (PGR), que tem a prerrogativa de apresentar denúncia contra Carreiro, Aroldo e Tiago Cedraz. 

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