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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

SANTA CRUZ - APRESENTADO OFICIALMENTE

Apresentado, Grafite fala sobre metas no Santa Cruz e coloca aposentadoria em dúvida

Grafite: "Fui procurado por vários clubes, mas sempre tive esse sentimento de querer voltar ao Santa"

No início da coletiva, atacante falou que deve se aposentar no fim do ano, mas ao longo da entrevista colocou decisão em xeque e deixou futuro em aberto


Grafite voltou ao clube em que realmente apareceu para o futebol brasileiro. Voltou para o clube que ele chama de casa e se sente bem. Mesmo após a polêmica saída em 2016, o atacante minimizou o que ocorreu no último mês de dezembro. Afirmou que está tudo em paz e que o pensamento é no futuro.

Com 18 jogos pela frente na Série B, Grafite deixou a sua aposentadoria em dúvida. O que parecia certo, agora é duvidoso. Tudo depende de como ele se comportará em campo. Se os gols, atuações e até um acesso à Série A ocorrerem como ele espera, tudo pode mudar. Por enquanto, ele só pensa em ajudar da melhor forma que for possível. Uma missão dura, mas que ele sabe como sair.

O atacante ainda explicou como foi o seu retorno, confirmou que pensa em trabalhar com futebol no futuro, agradeceu por seu número continuar intacto e revelou que ainda não sabe como atuará sob o comando de Givanildo Oliveira. Abaixo, confira tudo o que o camisa 23 falou.

O que foi decisivo para o retorno?

O fato do clube querer que eu voltasse foi determinante. Fui procurado por vários clubes, mas sempre tive esse sentimento de querer voltar ao Santa Cruz. A maneira que eu sai do clube, eu achei que foi normal, mas tiveram dúvidas sobre isso. Eles (direção) colocaram os pontos de vista deles e eu coloquei os meus. O sentimento pelo clube foi decisivo e achei que seria a melhor opção para terminar a minha carreira aqui no fim do ano.

Situação na tabela similar a de 2015

Analisando pelos números de 2015 e de hoje são bem similares mesmo (Santa Cruz estava a 9 pontos do G4 em 2015 e agora está a 11 do G4). Mas são outras circunstâncias. Em 2015, não foi apenas o fato de eu ter chegado que fez o Santa Cruz ir para a Serie A. Foi a chegada de Martelotte (técnico), de outros atletas. A situação hoje é mais delicada e mais difícil. São quatro jogos sem vencer. Ainda teremos eleições no fim do ano e tudo isso complica bastante. Espero que possa estar agregando. Sei da minha influência dentro do clube e meu maior objetivo é ajudar dentro de campo.

Número 23

Eu não falei nada sobre o número. Depois que saiu esse fato (Bruno Paulo pediu a 23, mas a direção não permitiu), eu vi e soube que a direção não tinha autorizado. Fico feliz pelo reconhecimento da diretoria. É um número que eu gosto de jogar e está eternizado na minha carreira.

Aposentadoria garantida no fim do ano?

Ano passado, eu tinha isso em mente também e fiz uma temporada muito boa. Fui vice-artilheiro do Brasileiro e surgiu a oportunidade de jogar uma Libertadores novamente. Se eu repetir o que eu fiz nesses quatro meses, posso repensar nisso. Mas estou pesando muito. Comecei a pensar em alguns projetos fora do futebol. Vou pensar nisso.

Torcida dividida sobre o seu retorno

É normal ter um certo receio sobre a minha volta. O ano de 2017, não foi tão bom como o ano passado. Eu tive um primeiro semestre no Atlético-PR que não rendi o que eu podia. Sei do meu potencial e sei o que posso acrescentar à equipe. Só marquei um gol pelo Atlético-PR. Sei que via existir a cobrança e os festejos. Espero reverter essa desconfiança jogando bem e mercando gols.

Primeiro treino e condição física

Me senti bem no primeiro coletivo. No sábado também treinei pela manhã e acho que em 10 dias tenho condições de atuar. Não sei 90 minutos, mas alguns minutos. Contra o Guarani, eu não tenho certeza, mas com o CRB devo estar pronto.

Projetos para 2018

Não tivemos ainda nenhuma conversa (sobre carreira após o futebol no Santa Cruz) e vai depender muito da minha performance no fim do ano. É um projeto que eu tenho e apareceram muitas coisas e outros clubes. Prefiro me capacitar primeiro e mesmo conversando com profissionais que fizeram isso sei que é uma transição difícil. É um ano de eleição no clube e não sabemos como ficarão as coisas aqui no clube. Quem sabe se houver um acordo com a diretoria na parte administrativa, acho que não teria problema algum. Mas no momento minha cabeça está como jogador ainda.

Conversa com Givanildo Oliveira

Eu conversei com o Givanildo há duas semanas. Ele me perguntou como eu estava e como estava minha cabeça. Falei que queria jogar e que iria fazer parte do grupo. Ainda não tive essa conversa sobre como vou jogar com o Givanildo. Todos conhecem minha capacidade dentro de campo. Sei que temos grandes atacantes como o Halef, o Bruno e o Bueno. Não decorei o nome de todo mundo, mas não tem isso que vou entrar por ser o Grafite. Temos que juntar as forças para brigar pelo acesso.

Ações trabalhistas e dívidas com o Santa Cruz

A questão judicial foi o primeiro tema que conversamos. Eu abri mão de algumas coisas, sim. O clube também abriu mão de outras. A questão salarial também foi negociada. Não seria justo eu chegar com o mesmo salário que eu tinha no Atlético-PR. Se estivesse aqui, no lugar dos jogadores, também não gostaria de ver essa situação. Vamos seguir e se não houvesse esse acordo, eu não teria voltado. Quando soube do interesse na volta fiquei muito contente, mas, assim como foi em 2015, nunca pensei na parte salarial.

O objetivo é o acesso ou permanência?

Eu acho que para pensar no acesso temos que sair dessa zona que estamos. Somos o primeiro time que está fora da zona hoje e não estamos tão longe da zona de acesso. Não é uma diferença tão grande e se você ver a equipe do Inter estava em oitava lugar e hoje é o segundo. Temos que pensar em permanecer na Série B. Um trabalho bem feito no segundo turno e podemos pensar no acesso.

Metas de gols

Não sou muito de falar em números. Lá no Atlético-PR fiz a besteira de falar em metas e depois que marquei na estreia começaram a me cobrar. Disseram que faltavam apenas 29. Não falei em fazer 30, mas que queria fazer mais gols do que o ano anterior. O Carlos Alberto até brincou que eu teria que fazer seis anos de contrato para cumprir a meta. Não vou prometer meta. Temos grandes jogadores aqui também e vou deixar isso acontecer naturalmente.

Dupla com Ricardo Bueno

Acho que tem condições, sim. Não vejo problema nenhum. Vi alguns jogos e sei que ele pode sair mais da área e também me movimento bem. Não sei como o Givanildo vai querer montar um time, mas acredito que seja uma possibilidade, sim.

Diario de Pernambuco

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