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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

JOGO DUPLO COM A J&F

PF ACHA 'ORIENTAÇÕES' DE EX-PROCURADOR PARA JOESLEY VIA WHATSAPP
APARELHO DE ACIONISTA DO GRUPO J&F FOI APREENDIDO EM MAIO NA QUARTA FASE DA OPERAÇÃO LAMA ASFÁLTICA (FOTO: FÁBIO MOTTA/EC)

JOESLEY E EX-BRAÇO DIREITO DE JANOT DIVIDIAM GRUPO DE WHATSAPP

A Polícia Federal identificou no celular do empresário Wesley Batista, acionista da J&F, um grupo de WhatsApp do qual fazia parte o então procurador da República Marcelo Miller, sob investigação por supostamente ter intercedido pela JBS nas negociações de acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.
O aparelho de Wesley foi apreendido em maio durante buscas da quarta fase da Operação Lama Asfáltica, que investiga desvios de verbas públicas federais em obras do governo de Mato Grosso do Sul.
Os investigadores resgataram a memória do grupo no celular de Wesley e identificaram intensa comunicação com outros executivos e também com Miller que, durante três anos atuou no gabinete do procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Correspondências recuperadas remontam ao período mais tenso das conversas com a cúpula do Ministério Público Federal, indicando que o então procurador teria colaborado com a J&F quando ainda exercia função na instituição.
Segundo os investigadores, Miller deu orientações aos delatores, inclusive sobre o procedimento relativo a anexos da colaboração. Na segunda-feira, 11, a Polícia Federal apreendeu o celular do ex-procurador durante buscas em sua residência, na Lagoa.
Miller pediu exoneração da carreira em 23 de fevereiro. Sua saída só se consumou em abril. Segundo os investigadores, os arquivos do grupo de WhatsApp de Wesley revelam contatos com Miller desde antes sua exoneração. 

(AE)

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