NÁUTICO - MELHORAR O ATAQUE

Náutico precisa melhorar rendimento ofensivo para se manter vivo na luta contra queda

Com Roberto Fernandes, a média sofreu uma ligeira queda, de 0,66 para 0,6 gol por jogo

Dono do segundo pior ataque da Série B, Timbu teve leve queda na média de gols marcados sob o comando técnico de Roberto Fernandes

O Náutico precisa de vitórias se quiser se manter com chances de evitar o rebaixamento. E é impossível falar em triunfos sem fazer gols. Nesse quesito o Timbu deixa muito a desejar. O time tem o segundo pior ataque da competição, com 18 gols marcados em 28 jogos. Uma média de 0,64 gol por partida (menor que dois gols a cada três jogos), que supera apenas o lanterna ABC.

Nem mesmo a chegada de Roberto Fernandes no comando, há dez rodadas, foi capaz de melhorar os números ofensivos. Mesmo com o time alcançando um melhor rendimento em questão de resultados com o treinador, a média de gols ainda sofreu uma ligeira queda, caindo para 0,6 gol por jogo. Antes do treinador assumir, o time tinha um rendimento de 0,66 gol por partida (12 gols em 18 jogos).

Se já não fosse o bastante, os problemas se tornam ainda maiores quando o técnico olha para o elenco em busca de opções para o setor. São três atletas entregues ao departamento médico e fora dos planos para o restante da temporada. Entre eles, o artilheiro do time na Série B, Vinícius, e Rafael Oliveira, contratado na reta final como esperança de gols. Além disso, as peças disponíveis não conseguem imprimir uma sequência no time principal, ou parecem não cair no gosto do treinador. Tanto que, no treino de ontem à tarde, Roberto chegou a abrir mão do usual esquema com três atacantes e experimentou a formação no 4-4-2, mesmo jogando a próxima partida em casa.

Entre os atacantes à disposição, Dico é um dos que vem recebendo mais oportunidades. Foi, inclusive, acionado nos últimos quatro jogos e deve figurar diante do Guarani, na próxima rodada. Ele reconhece o problema do time em balançar as redes e lamenta a perda de Gilmar, vetado do restante do campeonato desde a última segunda-feira, após romper os ligamentos do joelho.

“Estamos fazendo poucos gols e perdemos recentemente Gilmar, que se esforça para trabalhar e nos ajudar muito, mas temos muitos jogadores bons que podem resolver e nos ajudar. Temos que melhorar não só no ataque, como o restante da equipe, para fazer os gols e voltar a vencer”, prega o atacante.

Ainda de acordo com Dico, o fato dos atacantes assumirem um papel de apoio na marcação acaba prejudicando no rendimento ofensivo da equipe. “A gente se empenha bastante em campo. Nós do ataque voltamos bastante para apoiar a marcação e depois chegar lá na frente. Tem sido difícil chegar forte para fazer os gols, devido a essa marcação que estamos ajudando, mas a gente tem que melhorar, de um jeito ou de outro. Temos poucos jogos e o tempo está ficando mais curto. Não tem outra coisa a fazer a não ser os gols”, completou.

Diario de Pernambuco