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sábado, 6 de janeiro de 2018

PARTIDO ALIVIADO



Adilson Barroso, presidente do PEN-Patriota, afirma que relação com deputado já estava ‘envenenada’ e fala em novas candidaturas.


O presidente do PEN-Patriota, Adilson Barroso, se disse “aliviado” com a desistência de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) de ser candidato por sua legenda. O deputado deverá ser candidato à Presidência pelo PSL. “Fiz das tripas coração para tê-lo com a gente, mudei o nome do partido, mexi no nosso estatuto, dei mais de 20 diretórios para o grupo dele. Mas você não pode ser convidado para entrar em uma casa e depois querer tomar ela inteira para você, expulsando seus moradores originais”, afirmou o dirigente.
Bolsonaro disse, em vídeo divulgado nesta sexta-feira, 5, no Facebook, que “lamenta não ter dado certo com o Patriota”. Para ele, a parceria “acabou como um casamento que não deu certo”. O presidenciável afirmou que ele e Barroso “ainda podem estar juntos no futuro, em uma coligação”. 
Segundo Barroso, o relacionamento dele com Bolsonaro teria sido “envenenado” pelo advogado Gustavo Bebianno – que, segundo Barroso, queria tomar o “partido inteiro para o grupo de Bolsonaro”. 
O rompimento já havia se insinuado quando deputados da legenda se rebelaram contra o que chamavam de “fome” do grupo bolsonarista. Os deputados Walney Rocha (RJ) e Junior Marreca (MA) se posicionaram contra as mudanças no estatuto – principalmente aquela que impede alianças com partidos de esquerda (Marreca é aliado do governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB).
Barroso disse que, sem Bolsonaro, pretende convencer o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa a sair candidato.
Com a confirmação de que Bolsonaro deverá se candidatar pelo PSL, o grupo Livres, de tendência libertária, que controlava 12 diretórios estaduais e pretendia tomar conta da máquina partidária em nível nacional, anunciou o seu desligamento da legenda.
Logo depois do anúncio oficial da adesão do presidenciável ao PSL, Sérgio Bivar, filho do fundador e presidente nacional do partido, Luciano Bivar, que fez a ponte desde o princípio entre o Livres e a sigla, com o aval do próprio pai, divulgou um comunicado para integrantes do grupo, obtido pelo Estado, com o seu posicionamento sobre a questão.
“É com extremo pesar que comunicamos a saída do Livres do Partido Social Liberal”, diz o texto assinado pelo Conselho Nacional do grupo. “A chegada do deputado Jair Bolsonaro, negociada à revelia dos nossos acordos, é inteiramente incompatível com o projeto do Livres de construir no Brasil uma força partidária moderna, transparente e limpa.”
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‘Dono’. O cientista político Vitor Oliveira, do Pulso Público, afirmou que “a questão de Bolsonaro tem a ver com a forma de operação dos partidos políticos no Brasil”. Para ele, o fato de os partidos terem “donos” cria dificuldades para Bolsonaro se impor como dono de uma legenda que não é dele. 
Para o cientista político Rogério Battistini, do Mackenzie, “Bolsonaro não está sabendo fazer o jogo político e criando dificuldades para sua candidatura”.

O Estado de S.Paulo - Gilberto Amendola e José Fucs

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