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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

PEDINDO A ABSOLVIÇÃO

MPPE pede absolvição sumária de jovem acusado pela morte de Betinho do Agnes

                                  Pedagogo José Bernardino da Silva Filho, o Betinho do Agnes                                       Foto: Reprodução


Em audiência, MPPE justificou que não há qualquer prova de participação ou autoria de Ademário Gomes no assassinato do pedagogo ocorrida em 2015


Em audiência realizada nesta segunda-feira (29) no Recife, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pediu a absolvição sumária de Ademário Gomes, hoje com 21 anos, acusado pelo assassinato do educador José Bernardino da Silva Filho, conhecido como Betinho do Agnes. O MPPE justificou que não há “qualquer prova” contra o jovem, seja de participação ou de autoria do crime. A Justiça pode se posicionar em um prazo entre 10 e 30 dias.
Betinho foi morto na noite de 16 de maio de 2015, no apartamento onde morava, no edifício Módulo, no Centro do Recife. Ademário Gomes tinha 19 anos quando foi indiciado pelos crimes de corrupção de menor (já que o segundo acusado era menor de idade na época do crime) e homicídio qualificado.
Também na audiência, o MPPE pediu que a “perícia papiloscópica” seja refeita pelo próprio Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB), corrigindo o erro anterior, e a aquisição do sistema EAFIS, “utilizado pela Polícia Federal”. Considerou “ser inadmissível que autorias se sustentem em pericias equivocadas, posteriormente retificadas e que possam trazer irreversíveis resultados e constrições de liberdade”. O MPPE pediu ainda que seja oficializada a coordenadoria da Polícia Civil para que dê continuidade às investigações para que o crime seja esclarecido.

Em dezembro de 2017, o pai de Ademário, Edson Dantas, disse à reportagem do Portal FolhaPE que havia erros no laudo papiloscópico que incriminou o filho. “De antemão, gostaria de expressar minha alegria pelo posicionamento do Ministério Público pela absolvição sumária”, afirmou ele sobre a audiência desta segunda. Ressaltou a importância da continuidade das investigações. “Essa morte não ficará sem uma devida investigação para se descubra o verdadeiro culpado, e que seja punido na força da lei. Ficaremos totalmente satisfeitos quando a situação for totalmente esclarecida”.

No mesmo dia da entrevista de Edson Dantas, a gerente-geral da Polícia Científica de Pernambuco, Sandra Santos, confirmou os erros iniciais dos papiloscopistas do IITB. Outros dois laudos apontaram que as impressões digitais era da própria vítima.

FolhaPE

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