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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A RESPOSTA DA POLÍCIA

Polícia do Rio diz que Rafaela Silva foi injusta

                                            Rafaela Silva, judoca campeã olímpica em 2016                                                     Foto: Alaor Filho/Exemplus/COB


Segundo nota, as declarações da judoca são injustas e não ajudam o trabalho de combate à criminalidade

A Polícia Militar do Rio de Janeiro negou ter agido de forma preconceituosa contra a judoca Rafaela Silva durante abordagem nesta quinta-feira (22). Nas redes sociais, a atleta disse que PMs ordenaram que um táxi parasse assim que ela foi vista dentro. Segundo ela, o policial saiu da viatura e só retornou depois de perguntar ao taxista se ele a havia "pegado na favela". 

Em contato com a reportagem, a assessoria de comunicação da PM-RJ diz que as declarações de Rafaela Silva foram "injustas" e "não ajudam o trabalho de combate à criminalidade".

"As declarações da judoca Rafaela Silva de que teria sofrido constrangimento durante uma abordagem ao táxi em que viajava na quinta-feira à noite, na Avenida Brasil, são injustas e não ajudam o trabalho de combate à criminalidade", informou a PM do Rio.

O Estado do Rio de Janeiro vive período de intervenção militar. As Forças Armadas e as polícias civil e militar realizam desde a madrugada desta sexta-feira (23) operações nas favelas Vila Kennedy, Vila Aliança e Coreia, na zona oeste da região metropolitana do Rio.

"A Polícia Militar intensificou o policiamento preventivo nos principais corredores viários da Região Metropolitana para reprimir roubos de veículos e carga, adotando critérios técnicos e legais para cumprir sua missão de servir e proteger a sociedade", acrescentou a corporação. A reportagem tentou falar por celular com a judoca na noite de quinta-feira e também na manhã desta sexta-feira, mas não conseguiu localizá-la.

Rafaela
Campeã mundial de judô em 2013 e medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, Rafaela Silva relatou que foi parada por um policial na avenida Brasil enquanto fazia o trajeto de táxi do Aeroporto Internacional Tom Jobim para a sua casa, em Jacarepaguá, na zona oeste.

"Na altura do campeonato, chegando ao Rio de Janeiro, tive que passar vergonha e descobrir que preto não pode andar de táxi agora. Passaram quatro policiais dentro do carro e ficaram encarando o táxi que eu estava dentro", começou a relatar em um vídeo publicado no Instagram.

"Eu continuei mexendo no celular, fingi que não era nem comigo. Daqui a pouco eles ligam a sirene e mandam o taxista encostar. Levaram o taxista para um lado, e o outro rapaz bateu com a arma na janela e me chamou do outro lado. Isso com a avenida Brasil inteira olhando, achando que a polícia tinha capturado um bandido", prosseguiu.

"O cara olha para minha cara e pergunta: 'trabalha com o quê?'. Falei que não trabalho, que sou atleta. 'Tu é aquela da Olimpíada, né? Mora onde?'. Respondi: 'Jacarepaguá, estou tentando chegar em casa. O taxista disse que me pegou no aeroporto'", disse Rafaela.

O policial falou: 'ah tá, pode ir lá então, achei que tu tinha pego na favela [sic]'. Agora preto nem de táxi pode andar que deve estar assaltando, roubando", concluiu a judoca.



 Folhapress

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