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quarta-feira, 7 de março de 2018

ACUSAÇÃO DE TEMER

Temer acusa Barroso de desviar foco de sua decisão


A irritação do Palácio do Planalto em relação ao ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal só fez aumentar depois que ele anunciou que mandou investigar o vazamento de dados de sua autorização para quebra de sigilo bancário do presidente Michel Temer. Assessores de Temer afirmam que o ministro tenta desviar o foco de sua decisão, classificada pelo governo de sem base legal e de polêmica.
Auxiliares do presidente afirmam que Barroso pode ter autorizado a quebra do sigilo baseado em "indícios frágeis" e que isso poderia ser questionado pelos advogados de Temer. E que, para tirar o foco deste debate, teria mandado investigar o vazamento das informações. Alguns assessores chegam a ironizar o ministro, alegando que ele pode também estar querendo saber a fonte da jornalista da revista "Veja" que publicou a quebra do sigilo com exclusividade.
“Falar em investigação de vazamento de uma decisão contestada, sem base legal, parece até piada”, afirmou ao blog o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo). Marun disse que vazamentos de inquéritos deveriam estar sendo investigados há muito tempo, mas nesse caso o que o Planalto questiona é o que o ministro classifica de “decisão absurda, que atinge até um período em que o presidente não estava no cargo”.
Barroso alegou na noite de terça-feira (06) que os advogados de Temer usaram, na petição em que pedem acesso à sua decisão, dados sigilosos do processo. O Palácio do Planalto rebate as acusações e diz que os dados eram públicos e estavam disponíveis na página do STF na internet.
O Palácio do Planalto questiona principalmente a quebra do sigilo bancário do período em que Temer não era presidente, de 2013 a 2015, e avalia que o inquérito em curso na PF não traria dados para justificar a autorização, tanto que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não incluiu o presidente da República na lista dos alvos da devassa bancária.

Blog do Valdo Cruz

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