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sexta-feira, 16 de março de 2018

PREOCUPAÇÃO NO PLANALTO

Assassinato de Marielle preocupa Temer ante desgaste

Ordem de Temer é ecoar discurso de que presidente atua para resolver crime o quanto antes


assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes, colocou em xeque os benefícios políticos que o governo esperava obter com a intervenção no Rio, e mobilizou o Planalto a tentar reduzir o desgaste com o caso.
A ordem dos auxiliares de Michel Temer é ecoar o discurso de que o presidente atua para resolver o crime o quanto antes e que a morte da vereadora não abala a credibilidade da intervenção.
O governo avalia que é preciso mostrar resultado rapidamente —ou seja, os investigadores têm que encontrar os culpados pelo assassinato de Marielle em pelo menos 48 horas— para que uma crise não se instale definitivamente no coração do governo.
 “Precisamos continuar atuando para mostrar que estamos combatendo o crime. Não vai haver recuo”, disse à Folha o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral).
A ideia é manter uma postura rígida para blindar a mensagem de que o governo atua contra a violência no Rio, além de impedir que a intervenção seja desmoralizada.
Isso porque o projeto de reeleição de Temer tinha na intervenção no Rio o seu principal foco. Os mais entusiasmados integrantes do governo acreditavam que, se bem-sucedida, a ação poderia render reflexos eleitorais positivos para o presidente.
Eles calculavam que, em julho, quando é preciso registrar as chapas na Justiça Eleitoral, sua popularidade poderia ter aumentado um pouco —hoje os índices chegam a 6%—, com a melhora dos índices econômicos e a possível ressonância positiva das ações no Rio de Janeiro.
Agora, o temor no governo é que a repercussão dos assassinatos de Marielle e de seu motorista coloquem em dúvida a eficácia da intervenção e, mais do que isso, causem prejuízo político à imagem de Temer. Na manhã desta quinta-feira (15), após algumas horas de indecisão sobre como reverter o quadro negativo, o presidente convocou uma reunião no Palácio Planalto e deu início à estratégia para tentar salvar o cunho político da intervenção.

Marina Dias – Folha de S.Paulo

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