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sexta-feira, 9 de março de 2018

PROTESTO FEMININO

Mulheres protestam, no Centro do Recife, por direitos e contra violência

                                                       8 de Março, ato pelas mulheres no Recife                                                            Foto: Brenda Alcântara/Folha de Pernambuco



Esta é a quarta edição do ato e abordam temas que representam diversas lutas travadas pelas mulheres

No ato intitulado ‘8 de Março’, várias mulheres se reúnem em protesto pelo fim da violência e pela garantia de direitos à classe. A concentração começou às 15h no Parque 13 de Maio, região central do Recife, e seguiu às 16h30 pela avenida Conde da Boa Vista, para a Praça do Derby. Integrantes de pelo menos 30 coletivos, organizações, fóruns e redes feministas participam da manifestação. 

“Esse ato é muito importante porque aqui estão reunidas mulheres de vários grupos, somos diversas, representamos várias organizações feministas. O objetivo é denunciar o que está acontecendo com nós, mulheres.”, disse a coordenadora do ato, Rosemere Peixoto, do Fórum das Mulheres e da Rede das Mulheres Negras.

Esta é a quarta edição do ato e, para este ano, foram definidos dez eixos temáticos que representam diversas lutas travadas pelas mulheres: enfrentamento ao racismo; pelo fim da violência contra as mulheres; contra as reformas da previdência e trabalhista; pelo direito a creches; contra o fundamentalismo; contra o encarceramento das mulheres e por uma nova política de drogas; descriminalização do aborto; pelo direito à água, terra e moradia; mulheres, organização e participação política, contra a LBTfobia. 

“Estamos indignadas com a violência contra a mulher. A situação está muito grave e precisamos chamar atenção das autoridades; nós não vemos nenhuma iniciativa para resolver”, disse Silvia Marques, do Fórum das Mulheres. Segundo dados da Secretaria de Defesa Social, somente em 2017, Pernambuco registrou 2.134 vítimas de estupro, mais de 300 casos de homicídios e 33.188 casos de violência doméstica. “Hoje é um dia de reconhecer nossos direitos e a violência que sofremos. E reconhecer significa construir políticas públicas e destinar recursos”, enfatizou.

Durante a concentração no Parque 13 de Maio foram realizadas cinco rodas de diálogos e serão realizadas seis paradas durante o percurso, com discursos de representantes dos coletivos. Ainda puderam ser vistas diversas expressões culturais, todas protagonizadas por mulheres, como rodas de capoeira, maracatu, feira de livros e uma exposição sobre a história de mulheres símbolos da luta feminina. 



FolhaPE

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