Da base, um sopro de renovação e um título
Bruno, goleiro do Náutico Foto: Brenda Alcântara/Folha de Pernambuco
Em um momento de dificuldade, jogadores prata da casa foram lançados e mostraram todo o seu potencial
Ser unanimidade em qualquer posição é uma tarefa árdua no futebol. No gol então, nem se fala. Bruno, de 23 anos, há muito tempo aguardava a oportunidade de ter uma sequência na equipe titular. Mas dificilmente ele imaginaria que isso aconteceria justamente no ano em que o clube inicia uma reconstrução após a queda à Série C.
Com a lesão de outro prata da casa, Jefferson, o goleiro ganhou a chance que tanto esperava. A inexperiência o fez oscilar entre boas atuações e falhas primárias. Ao passar das partidas, porém, as exibições ficaram mais regulares. Nem mesmo a chegada de um atleta mais rodado da posição, caso de Luiz Carlos, ofuscou o jovem.
A terceira opção que virou titular. Esse poderia ser a frase para definir o primeiro semestre de Kevyn, de 20 anos. Mesmo com concorrência de Gabriel Araújo e Hugo Acosta - que foi embora sem atuar -, o lateral-esquerdo não se intimidou. Com um perfil de mais marcação, o atleta foi diluindo as críticas com uma postura mais equilibrada na lateral esquerda.
Robinho, de 19 anos, só ganhou maior visibilidade neste ano, mas não é de hoje que os alvirrubros apostam no potencial do atacante. O técnico da equipe sub-20, Dudu Capixaba, previu desde o ano passado que o atleta tinha tudo para despontar no Náutico. “Ele é um jogador de beirada, que tem potencial para chegar ao mesmo nível de Erick”, declarou o treinador. Junto com Rafael Assis, o jovem foi uma das válvulas de escape do setor ofensivo.
Além do trio, outros atletas ganharam chances no time principal, como William Gaúcho e Tharcysio. O primeiro foi o herói do Náutico na estreia do clube contra o América, na vitória por 3x2, na Arena de Pernambuco. Já Tharcysio foi utilizado de forma corriqueira no segundo tempo dos jogos, marcando gols importantes, como no Clássico dos Clássicos diante do Sport, vencido pelos alvirrubros por 3x0.
“Primeiro preciso parabenizar o trabalho feito na base. Normalmente a gente cobra título deles, mas precisamos cobrar preparação. Título é consequência. Dudu Capixaba, que estava à frente desse trabalho (sub-20), não foi campeão. E não perdeu credibilidade. Hoje faz parte da nossa Comissão e ajudou nessa transição. Você não faz bom marinheiro com vento calmo. Faz com dificuldade”, afirmou o técnico Roberto Fernandes.
FolhaPE
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