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segunda-feira, 9 de abril de 2018

NÁUTICO - TREINADOR CAMPEÃO

Técnico e torcedor do Náutico, Roberto Fernandes faz história em ano de reformulação

"Coloco o título com o Náutico como o mais importante para a história da minha vida", disse


Após assistir a três títulos na arquibancada, técnico se destaca com taça


Com a alta rotatividade dos técnicos no futebol brasileiro, não são muitos o que conseguem criar uma identificação com um clube. O caso de Roberto Fernandes com o Náutico é um desses. Alvirrubro declarado, o treinador conseguiu escrever definitivamente o seu nome na história do clube do coração ao comandar o time na campanha do título pernambucano, colocando um ponto final no jejum de 13 anos sem taças do Timbu. Por tudo isso, o sétimo título do treinador, é especial. Do ponto de vista profissional e pessoal. 

“Pelo grau de importância, o título estadual com o América-RN (em 2015) também foi muito importante porque era o ano do centenário do clube e também do seu principal rival, que é o ABC, e do Alecrim, a terceira força do estado. Mas, por todos os trabalhos que fiz no Náutico, acho que esse título também é muito importante. Primeiro porque sou pernambucano, do Recife. E ser campeão no seu estado é especial, principalmente porque a gente sabe o quanto é preciso ralar aqui para ter um pouco de reconhecimento. Coloco o título com o Náutico como o mais importante para a história da minha vida”, destacou, que iniciou a carreira em 1997, aos 26 anos.

Antes, porém, quando era apenas um torcedor, esteve presente na arquibancada do Arruda nos títulos pernambucanos do Náutico de 1984, 1985 e 1989, todos em cima do Santa Cruz. Na época, um adolescente de 13, 14 e posteriormente já um adulto de 18 anos. Época de ídolos como Baiano, Lourival, Ademir Lobo, Newton, Erasmo, Bizu e Nivaldo. 

“A fase áurea de papa títulos do Náutico foi na década de 60. Mas, até os anos 80, todos os títulos do Náutico eu tive a oportunidade de estar presente. Nos títulos que vieram depois (2001, 2002 e 2004), eu já era treinador, mas mesmo assim ainda ficava alguma coisa (de torcedor). Mas a partir de 2007, na minha primeira passagem como técnico do clube, eu entendi que tinha que realmente saber separar o lado pessoal do profissional”, reconheceu.

Mesmo assim, em um caso especial como esse, as lembranças do passado voltam à tona. Em forma de cobranças dos amigos de infância e familiares alvirrubros. “Você não tem ideia de quantas ligações de amigos da época do colégio e de familiares eu recebi na semana da final pedindo para eu colocar esse ou aquele jogador. E como é amigo e família eu não preciso ter papa na língua para responder”, revelou, aos risos.

O terceiro treinador com mais jogos

O título pernambucano também é o ponto máximo da relação profissional do treinador com o Náutico. Esta é a quarta passagem de Roberto Fernandes no Timbu. E somando todas elas, o treinador completou na última sexta-feira mil dias no comando alvirrubro, com 177 jogos disputados. O terceiro treinador com mais partidas pelo clube, atrás apenas de Duque, multicampeão pelo Náutico nos anos 60, com 187 partidas, e Palmeira, que ficou à frente do time nas décadas de 1950 e 1960, com 221 confrontos.

“Acho que o número de jogos que eu dirigi o Náutico, as competições que eu disputei e o tempo a frente do clube de alguma forma já me credencia a estar entre os destaques. Mas o Náutico teve grandes treinadores e eu não tenho essa vaidade. A minha vaidade é, quando terminar a minha passagem, eu ter deixado um legado, construído algo importante, e contribuído para a evolução e a história do clube”, completou. Meta atingida, Roberto.

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