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quarta-feira, 11 de abril de 2018

SEM FORO PRIVILEGIADO

Candidato, Alckmin vai para a primeira instância


Ao deixar o governo de São Paulo na última sexta-feira para disputar a Presidência da República, Geraldo Alckmin perdeu a prerrogativa que lhe garantia o privilégio de ser processado numa Corte de Brasília, o Superior Tribunal de Justiça. Nos próximos dias, o inquérito que envolve o presidenciável do PSDB descerá para a primeira instância da Justiça Federal. A força-tarefa da Lava Jato está ávida por recepcionar o investigado.
Alckmin responde à acusação de recebimento de R$ 10,7 milhões provenientes do departamento de propinas da Odebrecht, eufemisticamente batizado de Setor de Operações Estruturadas. Delatores da empresa informaram que parte da verba de má origem foi recebida por um intermediário que priva da intimidade de Alckmin, o cunhado Adhemar César Ribeiro.
No STJ, o inquérito contra Alckmin vinha sendo conduzido pela ministra Nancy Andrighi. Ela aguarda a formalização de um pedido do Ministério Público Federal para remeter os autos para um magistrado de primeiro grau. Se o acusado virar presidente, o processo retorna a Brasília, dessa vez para o Supremo Tribunal Federal. Se sua candidatura não decolar, Alckmin continuará ardendo no mármore da primeira instância, onde as coisas podem caminhar mais rapidamente.
Além de Alckmin, descerão para a primeiro nível do Judiciário outros ex-governadores que decidiram correr o risco de deixar os palácios para tentar renovar nas urnas o foro privilegiado. É o caso dos tucanos Marconi Perillo (GO)  e Beto Richa (PR), além de Raimundo Colombo (SC), do PSD. Os três disputarão cadeiras no Senado. Eleitos, passarão a ser processados no Supremo. Do contrário, continuarão sendo processados sem a blindagem do foro especial.

Josias de Souza

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