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segunda-feira, 7 de maio de 2018

BRONCA PARA O PSDB

Milhões em nome de Paulo Preto na Suíça, gestão Serra

Suposto operador do PSDB abriu 4 contas no país pouco depois de ter sido nomeado pelo ex-governador como diretor de empresa de obras


Quarenta e três dias depois de ter sido nomeado diretor de engenharia da Dersa (empresa responsável por obras rodoviárias de São Paulo), em 24 de maio de 2007, o engenheiro Paulo Vieira de Souza fez uma mudança e tanto nos negócios que mantinha na Suíça: abriu quatro contas no banco Bordier & Cie, em Genebra, segundo documento sigiloso que as autoridades suíças enviaram ao Brasil.
Polícia Federal prende ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, suspeito de desvio de dinheiro em SP durante governo do PSDB - Reprodução/TV Globo
Foi entre 2007 e 2009 —durante o governo de José Serra (PSDB)— que essas contas receberam "numerosas entradas de fundos", ainda de acordo com o comunicado do Ministério Público da Confederação Suíça.
Fontes ligadas ao órgão afirmam que está nesse período a maior parte dos depósitos de Souza naquele país. 
As quatro contas tinham um saldo de US$ 34,4 milhões quando Souza, conhecido como Paulo Preto, decidiu transferir os recursos da Suíça para as Bahamas, no começo de 2017. O valor equivale a R$ 121 milhões, quando corrigido pela cotação da última sexta (4).
Na Suíça, o ex-diretor da Dersa já estava sob investigação das autoridades que cuidam do combate à lavagem de dinheiro e corria o risco de ter os R$ 121 milhões sequestrados pelas autoridades.
Souza foi preso em 6 de abril pela Operação Lava Jato em São Paulo, sob acusação de ter desviado R$ 7,7 milhões na obra do Rodoanel Sul, o que seus advogados negam.
Folha revelou na última quarta (2) que a propina supostamente entregue a Paulo Preto em seis obras da prefeitura e do governo paulista, segundo o relato de delatores, pode chegar a R$ 173 milhões.
As quatro contas de julho de 2007 não foram as primeiras abertas por Paulo Preto na Suíça, ainda segundo o comunicado. Em 1993, ele e sua mulher à época começaram a operar com o banco Bordier & Cie, cada um com uma conta. Os procuradores suíços não detalham no documento o saldo dessas contas. A Receita Federal nunca foi informada por Paulo Preto das cinco contas que ele manteve na Suíça.

Mario Cesar Carvalho –Folha de S.Paulo

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