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sábado, 5 de maio de 2018

ELEIÇÕES 2018

O discurso de Bolsonaro e o eleitor


Há meses e a cada nova pesquisa se prevê que o deputado Jair Bolsonaro vai desmoronar a qualquer momento. Há também quem, ao longo do tempo, não consegue entender porque ele mantém um percentual de intenções de voto estável desde a metade do ano passado. Os pregoeiros do fim de Bolsonaro sustentam que quando começar a campanha eleitoral, devido ao pouco tempo de TV que terá, ele vai rolar ladeira abaixo.
Pode ser? Agregam a isso, o fato dele não ter partido e ser um candidato de direita. O atacam dizendo que ele defende a ditadura. Mas não lembram que há liberais, social democratas e jornalistas que se referem a ela como “ditabranda”. Sem falar no fato de que a maioria do eleitorado não viveu naquela época e que o índice de leitura e instrução do país, responsável pela memória, é muito baixo.
Nestes dias, alguns começam a vender a tese, no mercado da política, de que sem Lula acaba a polarização direita x esquerda e, com isso, Bolsonaro vai desabar. Estes analistas não consideram que Bolsonaro habita a praia da antipolítica, que está associada ao combate a corrupção. Prática que, em diferentes gradações, atinge a todos os partidos e políticos tradicionais. Não há quem possa superar Bolsonaro, Joaquim Barbosa e Ciro Gomes na condenação da corrupção. Este quesito, no entanto, não é o único que explica o desempenho de Bolsonaro.
Pesquisa do Ibope, feita de 22 a 26 de fevereiro deste ano, revela que o índice de conservadorismo dos brasileiros vem aumentando a cada ano. Era de 0,657 em 2010, subiu para 0,685 em 2016 e neste ano foi para 0,689. Ou seja, o Brasil está quase alcançando o patamar 7, o de alto grau de conservadorismo. Esta pesquisa feita em 2010 registrou que 49% dos entrevistados tinham alto grau de conservadorismo e que este segmento é de 55% em 2018.

Apolo da Silva – Blog Os Divergentes

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