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Roberto Fernandes comenta sua demissão no Náutico: 'merecia um pouco mais de tolerância'

Treinador voltou a pontuar problemas físicos do elenco como principal motivo da queda de rendimento

Treinador deixou o Timbu menos de um mês após conduzir o clube ao título pernambucano deste ano, encerrando jejum de 13 anos

Nesta terça-feira, completa-se um mês do título pernambucano conquistado pelo Náutico. Efeméride que se completa sem o comandante da conquista. Ainda se mostrando chateado pela sua demissão, o técnico Roberto Fernandes em rápida entrevista por telefone e sem querer entrar em polêmicas, o agora ex-treinador timbu acredita que mereceria um pouco mais de paciência justamente por ter conduzido o time ao fim do jejum de 13 anos sem taças. Há apenas 30 dias.

Desde a vitória contra o Central, o Náutico voltou a campo seis vezes, com apenas uma vitória, um empate e quatro derrotas. Três delas na Série C do Campeonato Brasileiro, o que deixa a equipe na lanterna do Grupo A com apenas um ponto. "Acho que merecia um pouco mais de tolerância por ter recentemente sido campeão e tirado o clube de uma fila de 13 anos. Mas, sem ressentimentos. É a cultura do futebol", destacou o técnico.

Essa foi a quarta passagem de Roberto Fernandes pelo Náutico, o que o ajudou a se isolar como o terceiro técnico que mais vezes dirigiu o Timbu, com 183 partidas. Apenas quatro a menos que o segundo colocado, Duque, multicampeão pelo Náutico nos anos 1960. O líder do ranking é Palmeira, que ficou à frente do Alvirrubro nas décadas de 1950 e 1960, com 221 confrontos.

Sobre os motivos da queda de rendimento do time após o título estadual, Roberto Fernandes voltou a citar os muitos problemas físicos que o elenco vem passando, com vários jogadores no departamento médico, o que levou à precipitação de algumas estreias. Segundo o treinador, os atletas ainda estvam fora da condição física ideal.

"Eu acho que, pelos serviços prestados esse ano, poderiam ter tido um pouco mais de paciência e me terem dado a oportunidade de esperar os jogadores contratados entrarem em forma e, os que eram titulares, que estão no departamento médico, voltassem. Com isso, o time vai se encaixar naturalmente. Isso vai acontecer com qualquer treinador. Quando essas duas coisas acontecerem, o time vai voltar a vencer", previu Fernandes, que também negou qualquer tipo de problema interno com o grupo.

Diario de Pernambuco