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quarta-feira, 23 de maio de 2018

SANTA CRUZ - SEM MEDO DE SER FELIZ

Sem esconder passado no Náutico, Roberto Fernandes fala do início do trabalho no Santa

Treinador é o terceiro que mais dirigiu o Náutico na história, com 183 partidas


Treinador revelou não temer rejeição da torcida coral, fez primeira avaliação do elenco e cobrança ao lateral esquerdo Ávila


Terceiro técnico que mais dirigiu o Náutico na história, com 183 partidas, torcedor declarado do clube e comandante do título estadual deste ano, que tirou o Timbu do jejum de 13 anos sem taças, Roberto Fernandes, aos 47 anos, inicia nesta quinta-feira um novo capítulo da sua história profissional ao assumir o Santa Cruz. E apesar da forte ligação com agora rival, o novo comandante tricolor não teme uma rejeição da torcida por conta do seu passado. E não escondeu a motivação de voltar tão rápido ao futebol pernambucano, menos de um mês após ser demitido do alvirrubro.

Com relação a mudança de endereço no Recife, o treinador recordou que essa não será a primeira vez que dirigirá clubes rivais de uma mesma cidade. Em 21 anos de carreira, Roberto Fernandes conheceu de perto as rivalidades entre Remo e Paysandu, América-RN e ABC, Ceará e Fortaleza e Atlético-PR e Paraná 

"Essa é a quinta vez que acontece isso na minha carreira profissional e você consegue reverter isso (possível rejeição da torcida) com trabalho e sobretudo resultado. Torcedor não é trouxa. Ele percebe que há respeito à instituição. Sou profissional e obrigado a entregar o meu melhor para defender o clube em que estou trabalhando no momento", destacou.

Conhecedor do seu futuro elenco, já que disputou contra o Santa Cruz o Campeonato Pernambucano e a Série C, Roberto Fernandes evitou falar em possíveis reforços. Mas enfatizou enxergar potencial no atual grupo de jogadores. "È complicado fazer uma análise de um elenco apenas por análise de resultados. Essa análise tem que vir nos trabalhos do dia a dia. Mas na Série C, o Santa estava no G4 até a rodada passada. Então esse elenco tem capacidade para brigar pelo acesso", analisou, que não teve participação nas dispensas do auxiliar técnico Adriano Teixeira, do volante Leandro Salino e do atacante Robert.

Por sinal, no atual grupo de atletas corais, Roberto Fernandes vai encontrar um velho conhecido. O lateral-esquerdo Ávila, com quem trabalhou junto na campanha do rebaixamento do Náutico para a Série C no ano passado e que apesar de ter contrato com o Timbu este ano, acabou liberado no início do ano. Apesar de negar qualquer problema com o atleta, o novo treinador coral não deixou de fazer uma cobrança.

"Não tenho nenhum problema com o Ávila, nem guardo ressentimentos. Mas acho que ele precisa resgatar a confiança perante a torcida, já que está meio desgastado. Potencial ele tem".

Por fim, Roberto Fernandes também evitou comentar o reencontro com a torcida do Náutico no clássico inicialmente marcado para o dia 16 de junho, no Arruda. "Meu pensamento é no jogo do Confiança (na próxima segunda-feira, pela 7ª rodada da Série C). Mas acho que não haverá problema nenhum. Quantas vezes Muricy (Ramalho) e Gallo enfrentaram o Náutico? Pelo contrário. Contribui para tirar o Náutico de uma fila de 13 anos, a maior da história do clube. Isso ninguém tira", concluiu.


Diario de Pernambuco

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