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quinta-feira, 14 de junho de 2018

ALERTA GERAL

PEDIATRAS BRASILEIROS ESTÃO EM ALERTA APÓS SURTO DE PARALISIA INFANTIL NA VENEZUELA 
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil


No Brasil, não há circulação de poliovírus selvagem desde os anos de 1990

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nesta quinta-feira (14) nota onde orienta e pede atenção aos profissionais a possíveis casos de paralisia flácida aguda, após a constatação do surto de paralisia infantil na Venezuela,  e tendo em vista o aumento do fluxo de imigrantes pelas fronteiras brasileiras.
Os médicos apontam a necessidade do reforço da manutenção da cobertura vacinal contra a poliomielite no país, acima de 95%, até que a erradicação global seja alcançada.
Na semana passada, o alerta veio do Ministério da Saúde para que todos os estados e municípios aumentem a vigilância e vacinação contra a doença.  Segundo a pasta,  a paralisia infantil já foi erradica, mas um caso já é considerado surto. A ação foi motivada depois do caso de uma criança venezuelana de 2 anos, de etnia indígena que foi diagnosticada com poliomielite. Depois da confirmação, a vigilância epidemiológica encontrou outras ocorrências de paralisia em crianças de uma comunidade vizinha, que continuam sob investigação.
No Brasil não há circulação do poliovírus selvagem desde os anos de 1990. No Distrito Federal o último caso da doença aconteceu há 28 anos.
A pediatra Andréa Kasmim explica que não é preciso ter pânico, mas é necessário vacinar as crianças e acompanhar a situação de perto. “As fronteiras entre Brasil e Venezuela são muito próximas, temos um número importante de venezuelanos refugiados no Brasil, então o serviço de saúde brasileiro precisa ficar atento”.
A poliomielite ou paralisia infantil é uma doença provocada por vírus que afeta o sistema nervoso e pode levar à paralisia irreversível dos membros. “A vacina é a única forma de proteger a criança contra paralisia infantil. Ela é feita de graça e está disponível em toda a rede pública. No primeiro ano de vida, ela é feita com o vírus morto. Já nos reforços de 1 ano e 3 meses e de 4 anos, o vírus é o atenuado”, explica Dra. Andréa Kasmim.
A pediatra ressalta que a doença é causada pelo poliovírus,  que pode ser transmitido pelo contato direto com pessoas infectadas, principalmente por fezes, muco e catarro, mas também pode ser transmitido pelo ar. O vírus se reproduz no intestino, mas ataca o sistema nervoso, destruindo neurônios e provocando paralisia total ou parcial.

Francine Marquez

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