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quarta-feira, 6 de junho de 2018

ÁREA DE RISCO

Quatro pontos da orla da RMR terão mais salva-vidas e orientação para evitar ataque de tubarão

                                                                     Área de risco                                                                       Foto: Brenda Alcântara


Cemit estuda restringir trechos da orla em horários definidos

A partir do próximo fim de semana, os banhistas receberão reforço na fiscalização e na orientação quanto aos riscos de ataque de tubarão na orla de Pernambuco, que terá também presença maior de salva-vidas em quatro pontos do litoral do Grande Recife. As decisões foram tomadas em reunião do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit), realizada nesta terça-feira (5), no Recife, depois de mais um ataque de tubarão com vítima fatal em Pernambuco. Na reunião, o Cemit também decidiu estudar a possibilidade de controle maior ou restrição parcial de trechos da orla em horários definidos. O Comitê é formado por integrantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, CPRH, Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade e Instituto de Medicina Legal.

O reforço na fiscalização acontecerá nos pontos em que houve maior número de ataques: diante da Igrejinha de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, local do último ataque-; e em três trechos da Praia de Boa Viagem, no Recife - em frente ao Edifício Acaiaca, no 2º Jardim e perto do Castelinho. Nesses locais, os salva-vidas ficarão até as 18h, uma hora a mais do que atualmente. “Essas localidades concentram, estatisticamente, 27 (41,5%) dos 65 casos registrados desde 1992", afirmou o coronel Leodilson Bastos, presidente do Cemit. Segundo ele, estudos do Comitê apontam que os ataques se dão por uma conjunção de fatores "bastante conhecidos". "Local de mar aberto, em água turva, ao amanhecer ou cair da tarde, no período de abril a setembro e quando o banhista descumpre as recomendações dos guarda-vidas e se coloca em situação de risco, a exemplo de entrar em águas profundas, sozinho”, explicou ele, através de nota enviada à imprensa.

Foi decidido que, por meio de botes infláveis, os salva-vidas irão recolher as pessoas "que se colocam em risco", contou também através de nota, o tenente-coronel André Ferraz, comandante do GBMar. De acordo com ele, serão substituídas as placas de alerta para o risco de incidentes que se encontram pichadas ou danificadas. "Temos 110 placas de alerta e postos de guarda-vidas distribuídos ao longo da orla, e os incidentes ocorrem não por desconhecimento, mas por descumprimento das orientações", observou Ferraz. 

Outra decisão tomada nesta terça foi a realização, por parte do Corpo de Bombeiros, exercícios simulados de atendimento a vítimas de mordidas de tubarão  junto aos aos órgãos que prestam assistência pré-hospitalar e remoção de urgência,. “Já temos bastante experiência nesse tipo de operação e, a exemplo dos casos recentes, os bombeiros não apenas alertaram as vítimas, mas atuaram de imediato no salvamento e resgate, colaborando para que elas chegassem com vida até uma unidade hospitalar". 

Segundo o presidente do Cemit, serão feitas também palestras em escolas estaduais da Região Metropolitana do Recife sobre prevenção de afogamentos, educação ambiental e conscientização sobre os fatores de risco. 

Orla restrita?
A possibilidade de restringir o acesso a alguns trechos da orla só poderá ser tomada, ainda segundo o Cemit, após estudo de viabilidade. “Essa ideia divide os técnicos e, pelo seu impacto econômico e social, não pode ser adotada sem maturidade, evidências científicas e um planejamento detalhado de cada etapa desse processo. Nosso objetivo maior é proteger e salvar vidas, mas com conscientização e colaboração da sociedade como um todo. Então, neste momento, fazemos a opção de menor impacto, mantendo o lazer e as atividades na faixa de areia e fortalecendo nosso trabalho de prevenção e fiscalização”, afirma o presidente do Comitê.



FolhaPE

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