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quarta-feira, 6 de junho de 2018

CAMPEONATO BRASILEIRO 2018

Com filosofia oposta, Sport se arma para travar toque do Atlético-PR e se manter em alta

Nesse cenário de contraste, até o momento, o Sport leva a melhor na Série A do Brasileiro

Equipes duelam a partir das 21h desta quarta-feira, na Ilha do Retiro

Não é apenas no gramado da Ilha do Retiro que Sport e Atlético-PR estão em lados opostos. Na filosofia dos técnicos implantadas nas duas equipes também. E, assim que o árbitro der início ao confronto, às 21h desta quarta-feira, esse antagonismo tem tudo para ficar exposto. De um lado, os donos da casa sequer fazem questão de ter a bola em posse por muito tempo. A proposta é um jogo vertical de poucos toques e muita objetividade para definição. No Furacão, é diferente. Ter o controle do jogo durante todo o tempo, passando a bola de pé em pé desde o goleiro, é o grande objetivo. 


Nesse cenário de contraste, até o momento, o Sport leva a melhor na Série A. Na sexta posição com 15 pontos somados, o time rubro-negro vem de uma sequência de quatro partidas sem perder e com vitórias expressivas sobre Palmeiras e Atlético-MG, por exemplo. Nessa trajetória, Claudinei Oliveira assumiu o protagonismo ainda que o mesmo refute. O técnico conseguiu impor um estilo de marcação intensa e com linhas adiantadas para dar pouco espaço ao rival e trabalhar muitas vezes em contra-ataques rápidos até o gol. “A posse de bola sem definição só é bonita nas estatísticas”, costuma dizer o treinador leonino.

Seguindo essa filosofia, os números atestam a eficiência do esquema. O Sport é o segundo time com mais finalizações certas na Série A, com 59 tentativas. Já na parte defensiva, também ostenta o segundo posto de equipe mais precisa nos roubos de bola com 168 desarmes certos. Desses, 33 foram protagonizados pelo capitão e destaque Anselmo, que também tem o segundo lugar entre os jogadores nesse quesito. 

Pressão no rival

Do lado do Atlético-PR, o jogo coletivo ganha espaço pela filosofia do técnico Fernando Diniz. No estilo de muitos toques de bola, a equipe é a primeira com mais passes na competição. São 4720 em nove rodadas. Na média, 524 por jogo. Por outro lado, encontra dificuldades na competição. Muitas vezes, a insistência em sair jogando pelo chão resulta em erros defensivos e chances claras aos adversários. Nesse momento, a proposta de jogo está muito pressionada. Afinal, a equipe tem nove pontos, apenas um acima da zona de rebaixamento. 

“É um jogo diferente. Eles treinam, por exemplo, sem tiro de meta para sair jogando. Se você for querer marcar em cima, vai ter dificuldade. Eles trabalham muito para isso. Têm uma movimentação específica para sair jogando. Agora, no momento que você perde a bola fazer a pressão imediata, eu acho bastante interessante. É uma equipe que tem suas virtudes, mas discordo que é super ofensiva”, avalia Claudinei Oliveira ciente de como pode explorar as fragilidades do rival.

Como vem o Atlético-PR

O time de Fernando Diniz treinou, ontem, no CT do Náutico e pode contar com o retorno do goleiro Santos à meta. O atleta se recuperou de uma conjuntivite e pode ocupar a vaga de Felipe Alves. Já o volante Matheus Rossetto sente dores no tornozelo e não participou da última atividade. Caso não entre em campo, Raphael Veiga pode assumir a vaga na lateral direita.

O que Claudinei Oliveira fala do jogo

A leitura do rival

“É um jogo diferente. Eles treinam, por exemplo, sem tiro de meta para sair jogando. Se você for querer marcar em cima, vai ter dificuldade. Eles trabalham muito para isso. Têm uma movimentação específica para sair jogando. Agora, no momento que você perde a bola fazer a pressão imediata, eu acho bastante interessante. É uma equipe que tem suas virtudes, mas discordo que é uma super ofensiva. Eles se defendem com uma linha de cinco, outra de quatro e mais o Pablo. Sem a bola, eles se resguardam bem. Com a bola, procuram construir jogadas com passes. O que eles querem é te atrair para poder jogar nas tuas costas. A gente tem que procurar amenizar esse aspecto positivo deles. Quando tiver a bola, vamos propor o jogo. Sem ela, não podemos dar espaço para o que eles têm de melhor que é quebrar as linhas com passes.”

Trabalho de Fernando Diniz

“Não vou fazer comentário se é bom ou ruim, se gosto ou não. Tem várias formas de ganhar. Hoje, ele está sendo questionado porque não ganha. Mas, quando ganhou de cinco da Chapecoense, teve o jornalista Tim Vickery (correspondente da BBC no Brasil) dizendo que era uma novidade no futebol mundial. O problema é sempre ganhar? Eu acho que todas as formas são válidas. É uma coisa que ele acredita e está tentando pôr em prática. Desse mesmo jeito, estou tentando colocar minhas ideias em prática. Não é a minha preferência (como ele joga). Vocês sabem disso. Eu quero que a minha equipe jogue para fazer gol.”

Semelhança com trabalho de Klopp

“Estava vendo uma reportagem com Klopp (treinador do Liverpool) e bate muito o pensamento dele com o meu. Nunca tinha parado para pensar. O treinadores da moda são Guardiola, Mourinho. Mas eu parei para ler um pouquinho sobre o estilo de Klopp. Ele quer que o time jogue para fazer gol. Não quer que o time jogue para ficar com a bola. Ficar com a bola não te dá benefício a não ser que você use estrategicamente isso, que é o que Fernando Diniz procura fazer e a gente vai procurar evitar. A gente respeita o trabalho dele.”

Ficha do jogo

Sport

Magrão; Deivid, Ronaldo Alves, Ernando e Raul Prata; Anselmo, Fellipe Bastos e Gabriel; Marlone, Rogério e Rafael Marques. Técnico: Claudinei Oliveira

Atlético-PR

Felipe Alves (Santos); Wanderson, Thiago Heleno e Zé Ivaldo; Matheus Rossetto (Raphael Veiga), Camacho, Lucho González e Carleto; Nikão, Guilherme e Pablo. Técnico: Fernando Diniz

Local: Ilha do Retiro (Recife)
Horário: 21h
Árbitro: Igor de Oliveira (MG)
Assistentes: Ricardo de Souza (MG) e Magno Lira (MG)
Ingressos: R$ 10 (arquibanca sede sócio); R$ 15 (arquibancada frontal sócio; camarote, cadeira central, assento especial e cadeira ampliação para proprietário e sócio); R$ 20 (arquibancada sede não-sócio e visitante); R$ 30 (arquibancada frontal não-sócio; assento especial proprietário; conselheiro); R$ 40 (cadeira central sócio; camarote e cadeira central proprietário; cadeira ampliação não-sócio); R$ 60 (assento especial não-sócio); R$ 80 (cadeira central não-sócio) 


Diario de Pernambuco

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