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domingo, 24 de junho de 2018

COPA DO MUNDO 2018

Craque da Coreia do Sul precisa chegar à semifinal da Copa para escapar do exército




Terceiro lugar no Mundial garantiria ao atacante Son Heung-Min a dispensa do serviço militar obrigatório de 21 meses


Conseguir uma boa campanha na Copa da Rússia pode ser fundamental para a continuidade da carreira do sul-coreano Son Heung-Min. Não é que o atacante, que atualmente defende o Tottenham, da Inglaterra, não vá encontrar espaço em outro clube, caso não chegue longe no Mundial. É que, se a seleção da Coreia do Sul — que neste sábado enfrenta o México, às 12h (horário de Brasília) — não conseguir pelo menos um terceiro lugar, o jovem atleta pode ser obrigado a largar o esporte para passar quase dois anos servindo o exército de seu país.

O imbróglio na carreira do rapaz, de 25 anos, foi revelado pelo jornal britânico Mirror. De acordo com a publicação, todos os homens sul-coreanos precisam parar a vida e cumprir 21 meses de serviço militar obrigatório antes de completarem 28 anos. No caso de Son, ele teria que se juntar ao exército, no máximo, até julho do próximo ano.

A esperança do atacante é exatamente fazer uma boa campanha no Mundial. Isso porque o governo sul-coreano concede a dispensa do serviço militar obrigatório a quem conquista uma medalha olímpica ou uma posição de destaque em outras competições esportivas de alto nível, a exemplo da Copa do Mundo.

Son, aliás, já teve uma chance de conseguir a dispensa. Nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, a Coreia do Sul conquistou a medalha de bronze no futebol. Mas o atacante abriu mão da disputa para participar da pré-temporada de seu então clube, o Hamburgo, da Alemanha.

O desafio de Son é gigantesco. A Coreia do Sul já até disputou uma semifinal de Copa, na edição de 2002, disputada no próprio país asiático. Porém, os donos da casa acabaram eliminados pela Alemanha e, posteriormente, derrotados pela Turquia na disputa pelo terceiro lugar. Esta, aliás, foi a melhor campanha da seleção sul-coreana. Nas demais participações, o mais longe que conseguiu ir foi às oitavas.

Na Rússia, até chegar às oitavas parece improvável. Na estreia, a Coreia do Sul perdeu para a Suécia por 1 a 0. Os próximos dois confrontos são contra o México e a atual campeã, Alemanha. Caso não consiga a dispensa pela Copa, Son terá ainda os Jogos Asiáticos e a Copa da Ásia como alternativas. Fugir do exército não parece ser uma boa opção, já que a deserção é crime que, atualmente, mantém 400 sul-coreanos na prisão. 

 "Experiência não é fácil" 
O jovem estudante sul-coreano Seongbeom Park conversou com o Correio sobre a experiência de servir o exército do país. O rapaz, que tem a mesma idade de Son, diz que o período do alistamento "não foi fácil para ele como não é para nenhum homem coreano". "Primeiramente, tive que morar afastado da minha família por 21 meses em um lugar bem isolado e sem celular. Era permitido ligar para a família ou amigos em um tempo muito limitado", afirma.

"Segundo, eu não podia curtir as coisas das pessoas normais. Eu não podia comer, me vestir ou ir aonde eu quisesse. Por fim, o treinamento era muito intenso e a comunicação da organização era muito rígida, portanto, no começo, eu tive dificuldade de me adaptar", acrescenta.

Seongbeom ainda define Son como "um jogador muito talentoso e brilhante" e diz sentir pena da situação do compatriota. "Depois do serviço, com certeza ele não será tão competente como agora. Se for para o serviço, ele vai ter que deixar tudo o que está aproveitando agora no Tottenham, como o salário e a fama", lamenta. 

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