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quarta-feira, 6 de junho de 2018

ELEIÇÕES 2018

Alckmin pergunta se tucanos querem outro candidato

Pressionado a deslanchar sua pré-campanha ao Planalto,Geraldo Alckmin perdeu a proverbial paciência beneditina.


Cobrado por lideranças do PSDB sobre falta de coordenação nessa etapa da corrida, o ex-governador paulista jogou um guardanapo sobre a mesa e perguntou aos presentes se eles preferiam ter outro candidato e, nesse caso, disse para que eles o escolhessem.
A cena ocorreu, conforme a Folha apurou, durante jantar em um hotel do bairro paulistano dos Jardins, na noite de segunda (4). Estavam presentes diversos expoentes do tucanato, como os ex-governadores Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR), os líderes de bancada Paulo Bauer (Senado) e Nilson Leitão (Câmara), o ex-ministro Bruno Araújo (PE), o ex-senador José Aníbal (SP) e o coordenador de campanha Samuel Moreira.
Alguns dos presentes relataram situações estaduais sem encaminhamento e o que consideram um problema crônico de comunicação. Foi a famosa "lavagem de roupa suja", mas segundo a reportagem apurou, com o comedimento típico das reuniões com Alckmin e com tom propositivo por parte dos presentes.
Alguns dos presentes relataram situações estaduais sem encaminhamento e o que consideram um problema crônico de comunicação. Lideranças tucanas de fora de São Paulo vêm se queixando, há meses, da falta de interlocução com Alckmin —que designou nomes com pouca densidade nacional para representá-lo, o trio Sílvio Torres, Luiz Felipe D´Ávila e o próprio Moreira.
O ex-governador ouviu até explodir, dando um susto nos comensais. Elevou a voz, fez o discurso em que sugeriu que escolhessem outro nome para a vaga de presidenciável e na sequência os admoestou. Disse que todos sabiam exatamente qual o trabalho que deveriam fazer e que não lhe caberia indicar nomes para todas as tarefas.
O encontro seguiu, mais ameno, mas todos foram embora convencidos de que Alckmin está inusualmente nervoso com a pressão que recebe. Alguns temem que ele acabe desistindo da candidatura, sucumbindo à adversidade, enquanto outros insistem justamente no contrário: que sua reação indica que ele irá até o fim na disputa.

Igor Gielow – Folha de S.Paulo

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