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sábado, 9 de junho de 2018

ELEIÇÕES 2018

MG: PT lança pré-candidatura de Lula à Presidência

ex-presidente Dilma Roussef com máscara do Lula em ato que lançou a pré-candidatura do ex-presidente ao Planalto, em Contagem (MG) - Douglas Magno/AFP Photo


Dilma leu carta do padrinho político: "É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência"

Sem a presença de Luiz Inácio Lula da Silva e num espaço acanhado com cerca de dois mil militantes, o PT lançou a pré-candidatura do ex-presidente ao Planalto em Contagem (MG), na noite de sexta-feira (8).
Preso há dois meses em Curitiba, Lula escreveu uma carta que foi lida ao final do evento pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em seu manifesto ao povo, ele diz que essa candidatura é o compromisso de sua vida e representa a esperança —argumento que deu o tom aos discursos das lideranças petistas presentes.
"É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência da República", escreveu Lula. 
Após a leitura, Dilma afirmou estar emocionada e não discursou. Ela foi recebida aos gritos de senadora: "Uai, uai, que coisa boa. Minas Gerais vai ter Dilma senadora". A ex-presidente transferiu o domicílio eleitoral para Minas em abril, mas não confirma a candidatura. 

O mote da pré-campanha de Lula, "o Brasil feliz de novo", foi exibido em um vídeo de retrospectiva, com a trajetória do petista de Pernambuco à Presidência. O vídeo continua com a eleição de Dilma e seu impeachment, até chegar em 2018, quando exibe discursos de Lula como pré-candidato. 

"O povo quer, a lei permite, o Brasil precisa. Lula, o Brasil feliz de novo", diz o vídeo. Em seguida, o jingle da pré-campanha, divulgado na quinta (7), segue a mesma linha ao mencionar as crises do governo Michel Temer (MDB) e defender a liberdade do petista. 

Em suas falas, os políticos petistas colaram a esperança de um Brasil sem crise à figura de Lula, afirmando que o país precisa do petista para recuperar o emprego, a credibilidade, a economia e a estabilidade institucional. 

"Lula é o preferido do povo, é a única liderança capaz de conduzir o país à pacificação social", discursou a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR). "O povo não aceita retroceder. Com Lula, se parcelava carro e casa. Agora se parcela combustível e gás de cozinha", completou. 

"O melhor remédio para o mercado é Lula", discursou o governador da Bahia, Rui Costa (PT), chamando de "bagunça" o momento atual do país. "O Brasil precisa se reencontrar, passar seriedade e credibilidade para o mundo."

Em sua fala, porém, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou que a defesa de Lula não de deve só pelo fato de "ele ser o maior político vivo" do país. "Tem que defender o indivíduo, o homem, a honra de uma pessoa presa injustamente."

"Quem ainda tiver dúvidas, tire seu cavalinho da chuva. O PT vai ter candidato e é Lula", afirmou o senador Humberto Costa (PT-CE). 

Segundo Gleisi afirmou em entrevista anterior ao evento, o partido irá registrar a candidatura de Lula em 15 de agosto e manterá a campanha mesmo se o registro for negado pela Justiça. A defesa do petista busca autorização para que ele possa conceder entrevistas e gravar depoimentos. 

MULTIPLICADO

Outra ideia difundida no evento foi a de que o Brasil tem milhões de Lulas, como o ex-presidente discursou antes de ser preso por corrupção e lavagem de dinheiro em 7 de abril. Máscaras com o rosto do petista foram distribuídas aos militantes.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), foi um dos que afirmou que o povo deve representar o petista enquanto ele estiver preso, inclusive fazendo campanha por ele. "Lula está aqui hoje, eu sinto a presença dele. Ele é um pouco de cada um de nós", disse. 

Estiveram presentes parlamentares e lideranças de movimentos de esquerda, como o MST e a CUT. Uma mensagem do pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL) foi lida aos militantes. Dos cinco governadores petistas (BA, AC, PI, MG e CE), somente o governador cearense, Camilo Santana, que é próximo do pré-candidato Ciro Gomes (PDT), não compareceu.

Catia Seabra e Carolina Linhares – Folha de S.Paulo

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