Governo arrecada R$ 3,15 bi com leilão de 3 das 4 áreas ofertadas do pré-sal
gência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP) realiza a 4ª rodada de licitação do pré-salFoto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Nos leilões do pré-sal, o bônus de assinatura é fixo: vence o leilão o consórcio que se compromete a entregar mais petróleo ao governo, depois de descontados os custos de produção
Para especialistas e executivos do setor, o resultado mostrou que o anúncio de intervenção nos reajustes dos combustíveis não afetou o apetite das empresas do setor de exploração e produção. "O resultado é extraordinário", disse ao fim da disputa o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, que dois dias antes anunciara estudos para limitar os prazos de reajustes dos combustíveis no país.
Houve disputa por duas das três áreas arrematadas - a terceira foi vencida por consórcio liderado pela Petrobras com o lance mínimo. Das 16 empresas inscritas, 11 apresentaram ofertas em sete diferentes consórcios.
Nos leilões do pré-sal, o bônus de assinatura é fixo: vence o leilão o consórcio que se compromete a entregar mais petróleo ao governo, depois de descontados os custos de produção.
O ágio nos percentuais de petróleo para a União foi de 202%, valor que, segundo Oddone, garante arrecadação extra de R$ 40 bilhões durante a vida útil dos projetos, que dura cerca de 30 anos.
As áreas mais disputadas foram Uirapuru e Três Marias. Nas duas disputas, os consórcios liderados pela Petrobras foram derrotados. A estatal, porém, exerceu seu direito de preferência e vai compor os consórcios vencedores.
Em Uirapuru, formará consórcio com a portuguesa Petrogal, a norueguesa Equinor (ex-Statoil) e a americana Exxon. Em Três Marias, a Petrobras terá de se juntar à americana Chevron e à anglo-holandesa Shell.
Nos dois casos, porém, a estatal terá uma participação menor do que a desejada, já que o direito de preferência lhe garante apenas 30% do consórcio. Para Uirapuru, ela queria 45%; para Três Marias, 40%.
Antes do leilão, o governo tentou tranquilizar o mercado sobre risco de intervenção na formação dos preços dos combustíveis.
No discurso de abertura do leilão, Oddone defendeu o livre mercado e disse que não haverá interferência na liberdade das empresas para formar preços. "Deu para ver que não [preocupa]", disse o presidente da Shell no Brasil, André Araújo, citando a oferta da empresa no leilão ao ser questionado sobre possíveis impactos da intervenção no interesse da empresa pelo Brasil.
Por: Folhapress
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