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terça-feira, 19 de junho de 2018

SPORT - UM PROBLEMA NA ILHA

Claudinei avalia situação de Agenor no Sport e admite que clube espera proposta pelo goleiro

Técnico retirou Agenor do banco contra o Grêmio para "preservá-lo" pelo desgaste com a torcida


Fora até do banco de reservas, atleta dificilmente voltará a jogar pelo Leão


Agenor é hoje um problema no Sport. Não por falta de profissionalismo, não por falta de comprometimento com o clube nem tampouco por questões de relacionamento ou de qualidade técnica ou potencial. O goleiro tornou-se um peso no clube porque, simplesmente, teve há dois meses o seu retorno aos gramados com a camisa rubro-negra inviabilizado por uma falha dupla. Dentro e fora de campo. O episódio reverbera até hoje na Ilha do Retiro. Apaziguador, o técnico Claudinei Oliveira já assumiu o impasse com o "bonde andando". Embora tente colocar um fundo de esperança em um retorno do atleta de 28 anos à meta do Leão, admite que o clube segue à espera de uma proposta para que o jogador siga sua carreira.
Agenor passou a ser tratado como um problema no Sport na tarde do dia 15 de abril. Naquele dia, o goleiro falhou em dois lances cruciais na vitória do América-MG sobre o Leão por 3 a 0. À época, ele mesmo chegou a admitir as falhas. O problema seria o que estava por vir adiante com a decisão do então técnico do clube, Nelsinho Batista, em barrar Agenor do jogo seguinte, contra o Botafogo, na Ilha. Chateado, o goleiro então decidiu pedir para deixar o clube, recusando-se a ficar no banco do prata da casa Mailson. Porém, para deixar a Ilha, precisaria arranjar um clube que topasse pagar a multa rescisória, o que até hoje não aconteceu.

Desde então, Agenor trabalha junto ao elenco, porém com pouquíssimas perspectivas de atuar. Integrado ao grupo, é apontado por Claudinei Oliveira como o terceiro goleiro do time. No entanto, quando precisou ser acionado em virtude da suspensão do titular Magrão, contra o Grêmio, para ficar no banco de reservas de Mailson, acabou sendo preterido pelo quarto goleiro, Lucas. O treinador rubro-negro justificou. 

"Até pela questão dele com o torcedor, a gente preferiu no jogo contra o Grêmio, que foi na Ilha, deixá-lo de fora. Você levar Agenor para entrar em campo para aquecer, ficar no banco sendo que teve esse mal estar gerado com o torcedor e com o clube naquele momento, não é ideal. Poderia gerar desgaste para ele e tirar o foco no jogo", argumentou.

Enquanto isso, Agenor onera a folha salarial do clube. Recebe um salário que gira em torno de R$ 150 mil. Contratado em maio de 2016 junto ao Joinville por R$ 2 milhões, o goleiro tem vínculo com o Leão até o final de 2019. Pelo clube, disputou apenas 17 partidas pelo Sport, com sete vitórias, dois empates e oito derrotas. Diante do impasse sobre o seu futuro no clube, recebe o apoio do treinador.

"A questão do Agenor, quando eu cheguei já tinha acontecido e a situação dele estava um pouco definida no clube por ter se recusado a ficar no banco do Mailson contra o Botafogo. Depois houve um desentendimento com a antiga comissão técnica e depois que eu assumi cheguei a conversar com ele. Agenor me colocou que estava vendo como a grande oportunidade dele e teve só um jogo e não teve a sequência. Só que como esse posicionamento dele se tornou público, algo que vazou, fica complicado para o torcedor entender essa situação. Ele então está treinando normalmente com a gente, tendo o mesmo tratamento de todos, esperando uma proposta para ser emprestado. Na hierarquia está aí o Magrão, o Mailson e o Agenor, depois o Lucas", detalhou.

"A meta de todo profissional é estar atuando. Ele esperou a vez dele e quando teve a chance sentiu que as coisas não foram corretas com ele. Não sou eu que estou dizendo, essa é a opinião dele, que ele externou para mim. A gente tem que entender. Ele treina, trabalha, tem se relacionado bem e na hora que tiver oportunidade aqui ou em outro clube ele está preparado. Isso que ele tem feito. Se tiver uma situação de mercado, de ser emprestado e for bom para ele e para o Sport, a gente pode liberar sem problema porque seria bom para ele também poder atuar", pontuou Claudinei Oliveira.


Diario de Pernambuco

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