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sábado, 21 de julho de 2018

50 ANOS DO HEXA

Hexacampeonato do Náutico completa 50 anos e herói recorda maior conquista da história

Herói do hexa, ex-atacante Ramos atualmente trabalha na recepção do setor de transportes do MPPE


Superesportes revisou a história, com personagens dos títulos de 1963 a 1968, arquivos históricos e entrevistas que rememoram a emblemática conquista


Recife, 21 de julho de 1968. Uma multidão se espremia no antigo estádio dos Aflitos, com arquibancadas menores do que as de hoje. Ao todo, 31.061 pessoas (23.320 pagantes), foram ver a decisão do Campeonato Pernambucano. Pela quarta vez nos últimos seis anos, Náutico contra Sport. Mas, desta vez, o 0 a 0 resistia às finalizações perigosas dos dois times. E o duelo, dramático, foi para a prorrogação. Aos dois minutos do segundo tempo, esse jogo entrou para a história do futebol pernambucano. "O jogador que me lançou a bola, pelo lado esquerdo, foi Ede. Ele cruzou, e eu só fiz dar o tapa", descreveu Ramos, autor do gol do título. O sexto consecutivo do Náutico. O gol do hexa. Uma conquista que, neste sábado, completa 50 anos.

A simplicidade com que Ramos descreve o gol mais importante do Náutico diz muito de quem ele é. João Reinaldo Ramos, hoje com 73 anos, não ostenta uma vida de luxo, como o hexa. Atualmente trabalha na recepção do setor de transportes do Ministério Público de Pernambuco. "Eu cheguei lá em 2009. Era motorista. Em 2014 me promoveram. Foi uma coisa muito boa", disse. 

Assistir aos jogos do Náutico é uma de suas diversões. Mas, por causa da violência, evita levar oas filhos e a neta de dez anos. Prefere ir sozinho, de ônibus, porque não gosta de dirigir até a Arena de Pernambuco. "Vou e volto sozinho. É bom, as pessoas me reconhecem no ônibus, falam comigo. Mas vou ser sincero...eu sinto saudade dos Aflitos", admitiu.

Ramos não participou de toda a campanha do hexa. Na verdade, ele chegou ao clube em 1968, quado o Timbu já era pentacampeão. Revelado nas divisões de base do Vasco, veio do Deportivo Português, um clube venezuelano. Ficou no Timbu até 1972. O auge de sua carreira no Alvirrubro foi justamente em 1968, quando foi decisivo naquele Estadual. Antes de marcar o gol do hexa, ele já havia feito o gol da vitória do Náutico por 2 a 1 contra o Sport na decisão do segundo turno, e o único gol do primeiro jogo da melhor de três que decidiu o título (o Sport ganhou o segundo jogo, forçando o terceiro jogo). Sobre a conquista de 1968, o ídolo alvirrubro recorda com alegria. Como se fosse ontem. "Foi uma emoção muito grande na minha vida. Me sinto muito orgulhoso", disse.

Os seis anos

O recorte no tempo de 1963 a 1968 marcou a maior hegemonia do futebol pernambucano. Dos seis títulos conquistados pelo Náutico, dois foram invictos (em um deles, em 1967, o Timbu ganhou os três turnos). O gol de Ramos na final de 1968 foi o 368º marcado pelo time e decretou a 100ª vitória alvirrubra no período, contra apenas 16 derrotas.

Ficha do jogo

Náutico 1
Valter Serafim; Gena, Ivan Limeira, Fernando Matias e Toinho; Jardel (Ede) e Ivan Brondi; Miruca (Rato), Ramos, Nino e Lala. Técnico: 

Sport 0
Miltão; Valdeci, Bibiu, Gilson e Altair (Zequinha); Valter e Soares; Dema, Acelino, Zezinho e Garcia (Cesar). Técnico: 

Local: Aflitos. Árbitro: Erilson Gouveia. 
Gol: Ramos, aos 2 minutos do 2º tempo da prorrogação.
Público: 23.320 (pagante).

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