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terça-feira, 10 de julho de 2018

BRIGAS ORGANIZADAS

'Era um confronto previsto', afirma delegado sobre briga de organizadas no Recife

                                                   Briga de torcidas organizadas                                                        Foto: Reprodução


Para o delegado do caso, os pontos das brigas surpreenderam o efetivo policial e teriam dificultado a represália

A briga entre torcedores de Santa Cruz e Sport antes da partida do Tricolor contra o Remo, pela Série C do Brasileirão, no domingo (8), era um “confronto previsto”, segundo o titular da Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva, o delegado Paulo Moraes. Para o investigador, os novos pontos das brigas surpreenderam o efetivo e dificultaram o trabalho dos policiais.

“Era um confronto previsto, tanto que entramos com uma representação no Ministério Público solicitando o não comparecimento da torcida do Remo a jogos no Recife”, afirmou Moraes. O tumulto deste domingo teria sido uma represália a confrontos ocorridos no último mês de maio, no Recife e em Belém (no Pará). “A torcida do Remo foi proibida de entrar no estádio, mas não de circular no entorno, que é onde acontecem os maiores problemas”, pontuou.

O delegado destacou que o número de policiais nas ruas era suficiente. “Tinha muito policial na rua, mas (a confusão) não aconteceu em um ponto só. E usaram locais diferentes, além de ter sido muita gente, isso dificultou tudo”, destacou. 

Quando as partidas são disputadas no Estádio do Arruda, segundo Moraes, as brigas costumam acontecer no bairro da Encruzilhada, na avenida Beberibe, no Centro do Recife ou em estações do metrô. O tumulto registrado no domingo aconteceu na extensão da rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, a aproximadamente dois quilômetros do estádio.

Sobre as investigações, o delegado afirmou que ainda não há identificados. Imagens de câmeras localizadas nas proximidades dos pontos de conflito estão sendo recolhidas para ajudara a identificar os responsáveis, que não devem ser enquadrados em crimes previstos no Estatuto do Torcedor, por este prevê penas mais brandas. “Já temos as imagens de internet e celulares, mas estamos verificando câmeras da SDS e de prédios. Crimes do Estatuto do Torcedor são penas mais brandas, o que levam eles a se sentirem o máximo, não se incomodam em dizer que não dá em nada. Alguns até treinam para se preparar para esses momentos. Mas, em casos como esse, os identificados serão responsabilizados e apresentados à Justiça pelos crimes de associação criminosa, tentativa de homicídio, lesão, roubo e furto”, pontuou. 

Estado de saúde das vítimas

Segundo a assessoria do Hospital da Restauração (HR), para onde foram levados os três feridos, Diego Trindade de Araújo, de 30 anos, recebeu alta por volta das 23h do domingo. Ele realizou tomografia no crânio e foi constatado que não houve lesões graves. Os outros dois feridos - Gabriel Barbosa Gonzaga, de 28 anos, e Bruno Felipe de Luna, de 22 - passaram por exames e seguem internados na unidade de traumas do HR. O estado de saúde de Bruno é grave e o de Gabriel, estável

As vítimas são todas residentes de bairros da Região Metropolitana do Recife, o que reforça o perigo das coligações entre as torcidas organizadas. A "Remoçada", do Remo, é aliada da Jovem, do Sport. "Esse é o grande problema. Não adianta impedir a torcida do Remo de vir aos jogos pois há essas coligações", destacou o delegado. 

Folha PE

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